Dilma confirma para hoje decisão sobre visita aos EUA
relações exteriores
Publicado 17/09/2013 - 10h17
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff confirmou hoje (17), em entrevista a rádios gaúchas, que se pronunciará ao longo do dia sobre sua visita de Estado a Washington, prevista para outubro. Ontem à noite, ela se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, para discutir o retorno dado pelo governo norte-americano aos questionamentos do Brasil sobre as denúncias de espionagem.
Durante o encontro, Dilma recebeu telefonema do presidente norte-americano, Barack Obama, com quem conversou por cerca de 20 minutos. “Quanto à minha conversa com o presidente Obama é fato, ela ocorreu ontem à noite e eu darei, ao longo do dia, uma entrevista sobre como iremos encaminhar essa questão da viagem aos Estados Unidos”, respondeu às rádios.
A presidenta passou a cogitar o cancelamento da visita de Estado ao país, após denúncias de que os Estados Unidos espionaram dados de brasileiros, inclusive dela, além de empresas estratégicas como a Petrobras.
Para uma decisão sobre a visita de Estado, Dilma aguardava o relato de Figueiredo, que esteve em Washington na semana passada para tratar do assunto com a conselheira de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice. Há 11 dias, durante a Cúpula do G20, na Rússia, o presidente Barack Obama se comprometeu com a presidenta a responder aos questionamentos do governo brasileiro.
Harmonia
Durante a entrevista, Dilma Rousseff disse também que a harmonia entre os Poderes é um dos princípios de sua gestão, ao responder a pergunta sobre o julgamento no STF dos recursos das defesas de alguns réus do chamado caso mensalão, previsto para amanhã (18).
“Quanto à questão dos embargos infringentes, o governo federal adota, em todos os casos em que a Justiça está envolvida, uma postura muito clara: não só respeitamos as decisões judiciais como não as comentamos porque a Justiça é um outro poder e eu acho que esse é um princípio que respeita um dos itens fundamentais da Constituição, que é da harmonia dos poderes. A harmonia dos Poderes implica um respeito muito grande entre eles”, disse.