Paraguai adia visita de Dilma para pressionar Brasil por acordo sobre Itaipu
São Paulo – O governo do Paraguai tenta pressionar o Brasil a fazer avançar o acordo de revisão de contrato da usina de Itaipu, assinado em 2009. O instrumento adotado […]
Publicado 17/03/2011 - 13h36
São Paulo – O governo do Paraguai tenta pressionar o Brasil a fazer avançar o acordo de revisão de contrato da usina de Itaipu, assinado em 2009. O instrumento adotado foi adiar a visita da presidente Dilma Rousseff a Assunção, capital do país. Autoridades paraguaias querem garantias de que o acordo energético sobre a produção de Itaipu será alterado.
A visita era esperada para 26 de março, embora a embaixada brasileira em Assunção sustente que não havia confirmação de datas.
“Acredito que se (Dilma) vier só com uma nova promessa, as relações (com o Paraguai) vão se deteriorar”, afirmou o coordenador da Comissão de Entes Binacionais Hidroelétricos (CEBH) do Paraguai, Ricardo Canese à agência Ansa. “Não é conveniente que a presidenta brasileira venha sem trazer algo concreto”, completou.
O compromisso por parte do Brasil foi assumido em julho de 2009 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O país aceitou aumentar o pagamento realizado pela energia elétrica produzida por Itaipu não usada pelos paraguaios. O aumento seria de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões anuais.
A revisão do acordo foi uma das promessas de campanha de Fernando Lugo, presidente do Paraguai. Por isso, a demora em ver recuperada a “soberania hidrelétrica”, ele vem sendo alvo de críticas por parte da oposição. O país usa 5% de sua cota, metade do total, vendendo o restante a preço de custo. Após a mudança, o Paraguai seria autorizado a vender o excedente a outros países, se desejasse.
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