Fidel diz que extrema direita dos EUA é racista com Obama
Castro afirmou no seu artigo desta terça-feira que a extrema direita odeia Obama por ser afro-americano e por querer melhorar a deteriorada imagem dos EUA
Publicado 25/08/2009 - 15h37
O ex-presidente cubano Fidel Castro afirmou que a extrema direita norte-americana está bloqueando as propostas do mandatário Barack Obama por “odiá-lo” porque ele é negro.
Em seu mais novo artigo, publicado nesta terça-feira (25) na imprensa cubana, Fidel comentou que Obama herdou muitos problemas de seu antecessor, George W. Bush, e está tentando solucioná-los, mas “a potente extrema direita não deixará passar nada que prejudique suas prerrogativas”.
O ex-presidente cubano citou como exemplo a postura de parlamentares contrários a projetos apresentados pelo mandatário norte-americano, como a reforma do sistema de saúde.
Fidel indicou ainda que mesmo Obama não tendo intenção de mudar o sistema político e econômico dos Estados Unidos, “a extrema direita o odeia porque é afro-americano e se aciona, assim, para afrontar tudo que o presidente faz para melhorar a deteriorada imagem do país”.
“Não há a mínima dúvida que a direita racista faz todo o possível para desgastá-lo, bloqueando o seu programa para tirá-lo do jogo de um modo ou de outro”, diz o texto.
Apontando um “desgaste sistemático da influência” do presidente dos EUA, Fidel ainda ressaltou que “atualmente a confusão reina no seio da sociedade norte-americana”.
O ex-mandatário cubano, que renunciou ao poder no ano passado devido a problemas de saúde, comentou também a política externa dos EUA, defendendo que foi um “erro” enviar tropas ao Afeganistão para combater o movimento radical islâmico Talibã.
“Não poucas pessoas a África e de outras partes do mundo se entusiasmaram com a ideia de que haveria mudanças na política exterior dos Estados Unidos. Bastava um elementar conhecimento da realidade para não cair em ilusões a respeito de uma possível mudança política a partir da eleição do novo presidente”, esclareceu Fidel.
No último fim de semana, o ex-presidente se reuniu com o chefe de Estado do Equador, Rafael Correa, que visitou a ilha à convite do governo local para fazer exames médicos.
Fonte: ANSA