Haddad reativa negociação permanente com servidores, que já ameaçam greve

Sindicato reivindica correção inflacionária, reposição de perdas da gestão Serra/Kassab e 10% de aumento real

Representantes do sindicato dos servidores e da CUT durante reunião com Antonio Donato, secretário de Governo (Foto: Divulgação/Sindsep)

São Paulo – O prefeito Fernando Haddad (PT) reinstala hoje (25) o Sistema de Negociação Permanente (Sinp) com o funcionalismo municipal – desativado na gestão José Serra (PSDB)/Gilberto Kassab (PSD) – sob ameaça de enfrentar, já no mês que vem, uma greve de servidores por aumento salarial.

O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) reivindica correção inflacionária de 2011 a abril de 2013 (17,82%), mais 10% de aumento real (acima da inflação), mais reposição das perdas do governo anterior. Entre 2005 e 2012, os trabalhadores tiveram reajuste anual máximo de 0,01%. A data-base é maio. Segundo a presidente do Sindsep, Irene Batista, as perdas acumuladas nesse período são de 46,51%.

A proposta de paralisação, segundo Irene, foi aprovada em assembleia no último sábado (23) e inclui também a adoção de um piso com base no salário mínimo definido pelo governo estadual (R$ 755).

De acordo com Irene, a prefeitura paga um piso de R$ 440 para os servidores com nível 1, o mais baixo da administração, mais complementos que elevam o salário mensal a um patamar igual ao do salário mínimo (R$ 678).

“Desde janeiro estamos solicitando audiência com o prefeito para discutirmos sobre a situação dos servidores municipais e sobre as reivindicações da categoria, mas ele nunca nos recebeu, sempre manda o secretário de Governo (Antonio Donato) ou de Planejamento (Leda Paulani)”, disse a presidente do Sindsep. Segundo ela, a pauta de reivindicações com o índice unificado de 27,82% de reajuste e aumento real para a campanha salarial de 2013 será entregue novamente hoje à prefeitura.

 

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