Novas assembleias de bancários confirmam aprovação de acordo coletivo
Hoje, categoria decidiu pelo fim da greve em Brasília e Porto Alegre. Outras bases, como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, já haviam feito assembleias na sexta-feira
Publicado 14/10/2013 - 19h56
São Paulo – Mais assembleias de bancários decidiram hoje (14) encerrar a greve iniciada em 19 de setembro, aprovando proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Em algumas bases faltam acordos com instituições locais, casos do Banrisul (RS), do Banpará (PA) e do Banco de Brasília (BRB) – neste último caso, o acordo também já foi aprovado. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, o acordo com a Fenaban havia sido aprovado na sexta-feira (11). Hoje foi a vez de Brasília e Porto Alegre.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, um fato importante desta campanha foi ter garantido aumento real (acima da inflação) pelo décimo ano seguido. “Se o banco, que é um setor altamente rentável, não concedesse o aumento real, isso serviria de parâmetro para as outras categorias”, afirmou o sindicalista, em entrevista à Rádio Brasil Atual. Ele destacou ainda a formação de um grupo para discutir as causas do afastamento de bancários por motivos de saúde.
Foi a paralisação mais longa desde 2004, lembrou Cordeiro – 30 dias naquele ano, ante 23 dias agora. E a maior em número de agências desde 1985. “Fechamos 12 mil, das 21 mil do país. As principais agências das capitais foram fechadas.”
O acordo prevê 8% de reajuste salarial (índice que abrange vales e auxílios), com 1,82% de aumento real. Para os pisos, o aumento é de 8,5% (2,29% de ganho real). Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, desde 2004 a categoria acumula 18,33% de aumento real e 38,7% no piso.
A regra básica da participação nos lucros ou resultados (PLR) se manteve, com aumento de 10% na parte fixa: 90% do salário mais R$ 1.694. Se o valor não atingir 5% do lucro líquido do banco, será aumentado até atingir 2,2 salários ou os 5%.