Acordo

Metroviários de São Paulo aceitam proposta de 8% de reajuste e desistem de greve

'Não é o reajuste que queríamos', diz presidente do sindicato, que viu avanços no acordo. Ele destacou que proposta só foi apresentada pela empresa devido à possibilidade de paralisação nesta terça

CUT-SP

Os trabalhadores reivindicavam reposição salarial de 7,3% e aumento real de 14,16%

São Paulo – Os metroviários de São Paulo decidiram, em assembleia na noite de hoje (3), aceitar proposta da Companhia do Metropolitano (Metrô), que prevê 8% de reajuste salarial na data-base (1º de maio). Com isso, a categoria desiste da greve prevista para amanhã. O acordo saiu após horas de reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). De forma inédita, a audiência de conciliação teve a presença do presidente da empresa, Peter Walker.

A primeira proposta feita pelo Metrô na campanha salarial deste ano foi de 5,37%, equivalente à variação do IPC-Fipe em 12 meses, até abril. Passou a 6,42% na semana passada, a 6,95% e depois a 8% hoje. O acordo inclui também reajuste de 13,62% no vale-alimentação, para R$ 247, e de 11,51% no vale-refeição, para R$ 25,65.

Os trabalhadores reivindicavam reposição de 7,3% (com base em projeção do IGP-M) e aumento real, a título de produtividade, de 14,16%.

“Não é a campanha salarial que nós queríamos. Esse reajuste não é o que queríamos”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, que viu avanços no acordo coletivo. Segundo ele, a empresa só fez essa proposta, com 2,5 pontos percentuais de aumento real (acima da inflação), diante da ameaça da greve.