Médicos-residentes do Rio de Janeiro não aceitam proposta do governo e continuam em greve

Rio de Janeiro – A greve nacional dos médicos-residentes continua nesta quarta-feira (18) sem previsão de acabar no Rio de Janeiro. O Ministério da Saúde ofereceu um reajuste de 20% […]

Rio de Janeiro – A greve nacional dos médicos-residentes continua nesta quarta-feira (18) sem previsão de acabar no Rio de Janeiro. O Ministério da Saúde ofereceu um reajuste de 20% na bolsa-auxílio de R$ 1.916,45. A proposta, porém, foi recusada em assembléia realizada na noite de terça-feira (17) pela Associação dos Médicos-Residentes do Rio de Janeiro (AMRRJ). A entidade reivindica um aumento de 38%. A paralisação, iniciada ontem, é direcionada ao atendimento ambulatorial e às consultas médicas nos hospitais.

Ao todo, são 4.620 médicos-residentes em todo o estado do Rio, sendo 950 somente nos seis hospitais federais do estado – Andaraí, Bonsucesso, Lagoa, Ipanema, Cardoso Fontes e Servidores do Estado. Segundo a assessoria do Ministério da Saúde no Rio, os atendimentos estão ocorrendo sem maiores problemas nas unidades. Apenas alguns atrasos considerados normais têm ocorrido.

De acordo com a presidente da AMRRJ, Beatriz Costa, a greve tem adesão de quase todos os residentes no estado e a paralisação tenta não prejudicar os pacientes. “Nós temos uma adesão de quase 100% dos médicos residentes em todo o estado. Porém, não queremos prejudicar os pacientes emergenciais. Com isso, só paramos os atendimentos ambulatoriais e as consultas médicas”, informou.

A AMRRJ planeja reunir mais de mil residentes na quinta-feira (18) às 11 horas na Cinelândia, centro do Rio, em manifestação pelo aumento da bolsa em 38%, a instituição dos auxílios moradia e alimentação, além da correção dos valores futuros da bolsa-auxílio, usando como base a inflação e o aumento do salário mínimo.