Use máscaras

Contra orientação da OMS, Anvisa derruba obrigatoriedade de máscaras em aviões e aeroportos

Pedido veio do Conselho Federal de Medicina (CFM). Na decisão, contudo, integrantes da Anvisa destacaram que as máscaras seguem importantes

Pixabay
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Segundo o órgão, estes são os grupos de risco para complicações da covid-19: imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades

São Paulo – A Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) derrubou hoje (1°) a obrigatoriedade do uso de máscaras em aviões e aeroportos do Brasil. A decisão é contrária a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e foi motivada por pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM). O uso da proteção contra a covid-19 foi obrigatório entre abril de 2020 e agosto de 2022. Então, a Anvisa suspendeu naquele mês com o avanço da vacinação. Contudo, a obrigatoriedade voltou em novembro do ano passado, após a elevação dos casos por conta da variante ômicron do coronavírus.

Agora, o colegiado dos diretores da Anvisa decidiram pela suspensão por unanimidade. O diretor-presidente do órgão, Antônio Barra Torres, contudo, destacou que as máscaras seguem importantes. Ele apelou para a consciência da população, para que o uso de máscaras se torne costumeiro. Para isso, ele fez uma comparação com o uso de cinto de segurança, embora não tenha levado em conta a obrigatoriedade do acessório.

“O cinto de segurança salvo uma análise mais aprofundada gera benefício única e exclusivamente para quem o usa. Não usar o cinto de segurança normalmente não traz um risco para outrem, o risco principal é para quem usa ou não usa o cinto de segurança. Entretanto, com a devida explicação e veiculação da informação correta, apresentação dos estudos vigentes quanto à importância do cinto, ele hoje é praticamente incontestável no mundo todo”, disse.

Ele acrescentou ainda que “a questão do uso das máscaras é um pouco além”, por proteger terceiros. Apesar deste discurso e da comparação, em contrassenso, Barra Torres acompanhou o entendimento pela não obrigatoriedade. Continuam, contudo, outras medidas como avisos sonoros sobre a importância das vacinas; limpeza reforçada das aeronaves; e desembarque por fileiras. Caso algum passageiro apresente sintomas respiratórios, a empresa aérea deverá fornecer uma máscara.


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