Arte, cultura e diversão
Adriana Calcanhoto, Selton Mello, imagens de futebol, o mundo todo cabe no Masp, festa Black na Cena no Anhembi, graphic novel do morro, cores e dores de Botero
Publicado 10/06/2011 - 18h47
No balanço de Adriana
Adriana Calcanhotto foi infectada. O Micróbio do Samba (Sony Music), em referência a uma frase de Lupicínio Rodrigues, é o primeiro álbum em que a cantora se dedica apenas ao gênero. Delicadeza e samba convivem em plena harmonia nas 12 faixas do disco. Em Tá na Minha Hora ela demonstra seu amor pela escola Estação Primeira de Mangueira; explora o ritmo das marchinhas em Tão Chic e Deixa, Gueixa; e dá uma pitadinha de tropicalismo a Pode Se Remoer. R$ 23.
Thriller triturador
Elvira (Ana Lúcia Torre), uma dona de casa aparentemente pacata, vai à polícia dar queixa do sumiço de seu marido. Em Reflexões de um Liquidificador, a história é contada pelo próprio eletrodoméstico. Com voz de Selton Mello, ele fala filosofa com a dona acerca da diferença entre seres humanos e objetos e se torna seu único amigo e confidente, enquanto a polícia investiga um possível assassinato. Em DVD.
País do futebol
A exposição O Futebol no Acervo do Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro, reúne 26 fotografias sobre o esporte no Brasil, a maioria entre os anos 1940 e 1960. A mostra traz fotos de times, jogadores e dos então recém-construídos estádios do Pacaembu e do Maracanã feitas por Thomaz Farkas, Hildegard Rosenthal, Marcel Gautherot, Juca Martins, Alice Brill, Carlos Maskovics e José Medeiros. No Espaço Unibanco Arteplex, Praia de Botafogo, 316, das 13h às 22h. Grátis.
Todo mundo no Masp
A videoexposição 6 Bilhões de Outros, em cartaz até 10 de julho no Museu de Arte de São Paulo (Masp), reúne pessoas dos quatro cantos do mundo, de diferentes gêneros, classes sociais, etnias, raças e profissões. A proposta do fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand é caracterizar a população mundial, ideia alimentada desde 2003, quando mobilizou repórteres em 78 países para entrevistar pessoas sobre questões relacionadas a vida, morte, amor e coisas do cotidiano. A mostra tem salas temáticas. De terça a domingo, das 11h às 18h, na Avenida Paulista, 1.578. De R$ 7 a R$ 15, grátis para crianças até 10 anos, pessoas acima de 60 e às terças para o público em geral.
A primeira edição do Black na Cena ocupará por três noites, de 22 a 24 de julho, a Arena Anhembi em São Paulo. Participam do evento nomes consagrados da black music, como Racionais MC’s, Seu Jorge, Baile do Simonal, Thayde e Funk Como Le Gusta, Xis, Jorge Ben Jor, Banda Black Rio, Marcelo Yuka, Sandra de Sá, George Clinton, Pato Banton, Naughty by Nature, Public Enemy, Method Man e Redman, além de DJs discotecando nas tendas. Veja a programação completa.
Lembranças em quadro
Morro da Favela (LeYa, 128 páginas) é uma graphic novel de André Diniz, que narra em branco e preto a trajetória do fotógrafo Maurício Hora, nascido e criado no Morro da Providência, o primeiro a ser ocupado no Rio de Janeiro, em 1897 – mais conhecido como Morro da Favela. Filho de um apontador do jogo do bicho considerado um dos responsáveis por introduzir o tráfico de drogas no local, Maurício quis trilhar um caminho diferente. Nas páginas da HQ estão suas memórias e sua relação com a vida e a morte, a política e os bandidos, a prisão e a liberdade. R$ 40.
Arte para refletir
A violência sofrida pelos colombianos é denunciada por Fernando Botero na exposição Dores da Colômbia, em cartaz até 14 de agosto no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. Os traços inconfundíveis e as cores vibrantes do artista retratam os abusos sofridos pelo povo como consequência da ação de grupos guerrilheiros, paramilitares e políticos nas últimas décadas. Os 67 quadros que fazem parte da mostra foram doados por Botero ao Museu Nacional da Colômbia. “Não vou fazer negócio com a dor do meu país”, disse o artista. De terça a domingo, das 10h às 18h, na Rua Marechal Hermes, 999, Curitiba. De R$ 2 a R$ 4.