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Lula tem aprovação de 60%, com melhora da avaliação entre evangélicos e bolsonaristas

Pesquisa Genial/Quaest mostra que a popularidade do presidente subiu entre os eleitores de três regiões, exceto Centro-Oeste e Norte. Mesmo assim, esta é a primeira vez que a sua aprovação foi maior que a rejeição em todo o país

Ricardo Stuckert/PR
Ricardo Stuckert/PR
Segundo a pesquisa, o levantamente de julho indica o fim da estagnação da popularidade

São Paulo – A quarta rodada da pesquisa Genial/Quaest sobre a avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, divulgada nesta quarta-feira (16), mostra aprovação de 60% dos eleitores. É o maior índice desde o início de seu governo. Esse percentual se refere à percepção sobre o trabalho do petista frente à Presidência da República. Houve crescimento de quatro pontos percentuais em comparação ao levantamento de junho. E também queda na taxa de reprovação, que passou de 40% para 35%.

Segundo o instituto, desde o início deste mandato, esta é a primeira vez que o trabalho do petista tem aprovação maior que rejeição nas cinco regiões. Além do Nordeste, onde o apoio à gestão é de 72%, Lula melhorou seu desempenho na avaliação de entrevistados de todo o país. Entre os da região Sul, reduto bolsonarista, que deu mais de 3 milhões de votos para o então candidato à reeleição derrotado, o petista subiu de 48% para 59%, crescimento de 11 pontos percentuais. E a rejeição caiu também 11 pontos, de 49% para 38%.

O aumento da popularidade foi observado em três regiões. No Sudeste, são 55% os que concordam com a maneira de Lula trabalhar, ante 39% os que discordam. No Nordeste, 72% aprovam, aumento de um ponto percentual em relação à pesquisa anterior, inclusive o Sul. Mas não avançou no Centro-Oeste e Norte. Segundo o instituto, a aprovação nessas regiões que compõem o menor colégio eleitoral recuou de 35% para 32%, com rejeição de 30% para 28% e avaliação regular de 31%.

Melhora da avaliação entre evangélicos

A aprovação de Lula também subiu entre os evangélicos, com muitos apoiadores de Bolsonaro. Em junho, 44% deles avaliaram positivamente; agora, 50%. Já os que reprovavam eram 51%, passando para 46%, uma redução de cinco pontos percentuais.

Quanto à avaliação do governo como um todo, a pesquisa mostra 42% de aprovação do mandato. Um crescimento de cinco pontos percentuais em comparação com o estudo anterior, de 37%. Dos entrevistados, 29% avalia como regular, enquanto que 24% avaliam como negativo. Nesse quesito houve queda de três pontos percentuais.

A melhora após seis meses do terceiro mandato de Lula indica também o fim de um período de estagnação da sua popularidade. O presidente teve aumento da aprovação entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL). Em junho, 9% dessa parcela aprovavam o governo, taxa que em julho subiu para 12%. E também entre os evangélicos.

Violência e juros altos são os maiores problemas

A pesquisa questionou os eleitores sobre os principais problemas. O crime e a violência são os maiores, segundo 96%, assim como os juros altos (87%) e o racismo (80%).

O levantamento entrevistou presencialmente 2.029 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 10 e 14. A margem de erro é estimada em 2,2 pontos percentuais. A pesquisa é financiada pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial.