Incompetência

Gabinete de Transição denuncia atraso generalizado na vacinação

Atraso não se restringe à vacinação contra a covid, e afeta principalmente bebês e crianças, afirma ex-ministro

Divulgação/PMO
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A éris apresenta mutações da proteína spike, responsável pelo alojamento do vírus em humanos, e característica alvo das vacinas existentes

São Paulo – O grupo técnico (GT) da Saúde do Gabinete da Transição identificou atraso generalizado dos programas de vacinação executados pelo Ministério da Saúde, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Em reportagem publicada nesta terça-feira (22), o ex-ministro Arthur Chioro afirmou que o atraso não ocorre apenas na imunização contra a covid-19, mas também de outras doenças, como poliomielite, difteria e tuberculose.

“Há uma descoordenação do ministério à frente do programa nacional de imunização que é evidente, pelas baixas coberturas vacinais”, disse Chioro, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o Gabinete da Transição. “Nenhuma vacina para as crianças, bebês com menos de 1 ano hoje, tem cobertura vacinal adequada”, frisou.

Atraso em vacinação vem de falta de planejamento

De acordo com o GT da Saúde, 85 milhões de brasileiros ainda não tomaram a terceira dose contra a covid-19. O grupo deve se reunir nesta quarta (23) com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para cobrar providências. Chioro destacou que a aquisição de vacinas, entre outras obrigações, ainda é de responsabilidade do atual governo. Assim, falhas de planejamento comprometem o enfrentamento da nova onda da pandemia.

“É situação de vulnerabilidade. Falta a dose para as crianças de 3 anos em diante, não foi feita a dose de reforço das crianças acima de 10 anos. É uma situação que não dá para se dizer que é normal. Nós podíamos estar muito mais bem preparados para receber essa nova onda”, afirmou.


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