Agenda ambiental

Energia verde e renovável marca a participação de Lula na COP28 nesta sexta-feira

Presidente desembarca em Dubai para cumprir agenda com chefes de Estado sobre mudanças climáticas. Lula também vai tratar da libertação de brasileiros da Faixa de Gaza. Brasil assume presidência do G20 nesta sexta

Ricardo Stuckert / PR
Ricardo Stuckert / PR
Presidente Lula chega a Dubai para a série de agendas na COP 28

São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Dubai, nos Emirados Árabes, no final da tarde desta quinta-feira (30), no horário local, para cumprir agenda de compromissos durante a Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, a COP 28, nesta sexta-feira.

Lula chega ao evento um dia após se encontrar em Doha com o emir do Catar, o xeque Tamim bin Hamad al-Thani. Com ele, o brasileiro tratou de oportunidades de investimentos, ampliação do comércio exterior, parceria na organização do G20 e geopolítica do Oriente Médio, além de participar de um fórum econômico.

“Nós estamos com um vasto programa, muito grande, de energia verde e renovável. Nós estamos com um vasto programa de recuperação de terras degradadas. Acho que a discussão que vai se dar na COP ainda pode não ser decisiva, mas acho que vamos ter que mudar o jogo para que as pessoas aprendam que o planeta não está brincando. O planeta está avisando: cuidem de mim porque senão são vocês que vão perder”, afirmou o presidente em conversa com jornalistas brasileiros antes da decolagem em Doha.

Aparentemente, o pedido de urgência de Lula encontrou eco em Dubai. A COP28 aprovou nesta quinta-feira (30), primeiro dia de evento, um fundo climático para financiar perdas e danos de países vulneráveis. “Esta é a primeira vez que uma decisão foi adotada no primeiro dia de qualquer COP. E a velocidade com que o fizemos também é histórica”, afirmou o presidente da COP28, Sultan Al Jaber.

Encontros bilaterais

O presidente brasileiro terá nesta sexta encontros bilaterais com uma série de chefes de Estado e lideranças globais: o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak; o presidente de Israel, Isaac Herzog; o secretário-geral da ONU, António Guterres; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez; e o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali. Lula deve discursar numa sessão de chefes de Estado e de governo.

Com o presidente de Israel, Lula deve tratar sobre a autorização de saída de mais brasileiros da Faixa de Gaza, assim como sobre as negociações para libertação de um cidadão com dupla nacionalidade brasileira e israelense que está entre os reféns em poder do grupo Hamas. A informação, que circulou nesta quinta, foi confirmada ao Brasil de Fato pela assessoria do Palácio do Planalto.

O refém se chama Michel Nisenbaum, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. Ele é considerado desaparecido desde 7 de outubro, dia do ataque surpresa do Hamas a Israel, segundo o Brasil de Fato noticiou.

Com o líder da Guiana, é possível que o presidente brasileiro aborde a disputa fronteiriça com a Venezuela pelo território do Essequibo. O governo brasileiro tem defendido que o tema seja solucionado por meio de diálogo.

Presidência do G20

Nesta sexta-feira (1º), o Brasil assume a presidência do G20. Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é de extrema importância que os líderes das 20 maiores nações abordem temas como a mudança da governança global, o combate à pobreza e às mudanças climáticas.

Leia também: Conflitos de interesses do setor petrolífero lançam dúvidas sobre a COP28, diz ambientalista

Os objetivos do Brasil foram descritos pelo presidente Lula e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante a reunião de instalação da Comissão Nacional do G20 na última quinta-feira (23). Para eles, os três aspectos estão interligados e a solução passará por uma recolocação do Brasil no cenário geopolítico internacional, com a nação liderando um processo de “reglobalização sustentável”.

O G20, que responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 2/3 da população mundial, vive uma espécie de crise existencial e realizou sua última reunião sem a presença dos líderes da Rússia e da China.


Com informações do Palácio do Planalto, Brasil de Fato e agência Sputnik Brasil


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