Disputa

Lula manda recado à Venezuela e volta a pedir paz: “América do Sul não precisa de guerra”

Em reunião de chefes de Estado do Mercosul no Rio de Janeiro nesta quinta, Lula manifestou preocupação com a situação

Tânia Rego/ABR
Tânia Rego/ABR
Lula: "Vamos tratar com carinho, porque o que não queremos aqui na América do Sul é guerra"

São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou preocupação nesta quinta-feira (7) com a decisão da Venezuela de incorporar o território de Essequibo, na Guiana. “A América do Sul não precisa de guerra”, disse o presidente.

“Vamos tratar com carinho, porque a coisa que não queremos aqui na América do Sul é guerra. Não precisamos de guerra, não precisamos de conflito”, afirmou durante reunião de chefes de Estado do Mercosul, no Rio de Janeiro.

Lula reforçou que os países do bloco econômico não podem ficar alheios à disputa entre os dois países. E propôs uma minuta de declaração contra a construção de “ameaça à paz e estabilidade”. Pela suas conta no X, antigo Twitter, reforçou a necessidade da paz para melhorar a vida das pessoas.

Antes da realização do referendo pelo governo de Nicolás Maduro no último domingo (3), que decidiu pela incorporação, Lula já havia pedido paz. “Só tem uma coisa que a América do Sul não está precisando agora: confusão. Se tem uma coisa que precisamos para crescer e melhorar a vida do nosso povo é a gente baixar o facho, trabalhar com muita disposição de melhorar a vida do povo e não ficar pensando em briga. Não ficar inventando história”.

Nessa quarta-feira (6), a Agência Reuters divulgou que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse não acreditar em conflito armado entre a Venezuela e a Guiana. Apesar disso, o Brasil já enviou 16 blindados à capital de Roraima, Boa Vista, de onde serão deslocados a Pacaraima, na fronteira com a Venezuela. Os veículos militares devem chegar ao destino em duas semanas.

Nicolás Maduro já anunciou um novo mapa do país, onde a área do Essequibo aparece anexada ao território venezuelano. A região inclui parte do campo de Stabroek, com reservas estimadas em cerca de 11 bilhões de barris de petróleo, atualmente explorada em parceria com companhias como a norte-americana ExxonMobil e a chinesa CNOOC.

Redação: Cida de Oliveira


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