Apuração

Viana conquista quinta vitória seguida do PT no Acre

Estado é governado por petistas desde 1999. Viana supera o tucano Marcio Bittar por margem apertada, 51,3% a 48,7%

Ricardo Stuckert / Instituto Lula

Tião Viana, ao lado de Lula, em comício na capital do Acre

São Paulo – O governador Tião Viana (PT) acaba de conquistar a quinta vitória consecutiva de seu partido para o governo do estado do Acre. Com 51,29% dos votos válidos (196.509), o petista superou o tucano Márcio Bittar (48,71%, ou 186.658) e ganhou o direito de comandar o Palácio Rio Branco até o final de 2018. No estado que apresentou Chico Mendes ao mundo, o PT venceu em 1998 e 2002 com Jorge Viana, irmão de Tião, e em 2006 com Binho Marques. Viana venceu em 2010 e agora se reelege.

Sebastião Afonso Viana Macedo Neves, nascido em 1961 na capital acreana, esteve muito perto de vencer no primeiro turno, com 49,7% do total de votos, pela coligação Frente Popular do Acre. É formado em Medicina pela Universidade Federal do Pará, com doutorado em Medicina Tropical pela Universidade de Brasília. Iniciou sua vida política ainda como universitário participando no movimento estudantil, e disputou pela primeira vez um cargo público em 1994, quando foi candidato a governador do Acre terminando em terceiro lugar. Quatro anos depois conseguiu ser eleito Senador e reeleito na eleição seguinte.

O PT disputou o segundo turno em quatro estados. Perdeu no Rio Grande do Sul (derrota de Tarso Genro para Ivo Sartori, do PMDB) e em Mato Grosso do Sul (Delcídio Amaral foi superado pelo tucano Reinaldo Azambuja. Além do Acre, o partido venceu no Ceará, com Camilo Santana superando Eunicio Oliveira, do PMDB.

Natural de Franca, interior de São Paulo, Márcio Miguel Bittar (PSDB), de 51 anos, obteve 30,1% dos votos do estado no primeiro turno. É especialista em Marketing Político pela Faculdade Integrada Rui Barbosa e Ciências Sociais e Políticas pela Uninorte. Iniciou sua vida política no movimento estudantil, pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), que na época funcionava na clandestinidade. Em 1993, filiou-se ao PMDB e no ano seguinte foi eleito deputado estadual. Cinco anos depois concorreu às eleições para deputado federal, saindo vitorioso da disputa. Um ano depois filiou-se ao PPS, no qual permaneceu até 2009. Bittar concorreu aos cargos de senador em 2002, de prefeito de Rio Branco em 2004 e de governador em 2006, perdendo todas essas disputas. Filiado ao PSDB, conquistou seu segundo mandato de deputado federal, em 2010, obtendo a maior votação da história do Acre e segunda maior proporcional do país.

As abstenções atingiram 22,18%, além de 0,64% de votos em branco e 2,15% nulos. O estado, com três horas de atraso em relação ao horário de Brasília, foi o último a encerrar a apuração, iniciada somente às 20h da capital federal – o que também levou o TSE a anunciar os primeiros resultados oficiais após esse horário.