São Paulo – A produção industrial brasileira recuou 0,9% de abri para maio, na terceira queda mensal seguida, informou hoje (3) o IBGE. Os três resultados negativos consecutivos representam retração de 2%. Na comparação com maio do ano passado, a atividade caiu 4,3%, a nona queda seguida e a mais intensa desde setembro de 2009 (-7,6%). Com isso, o setor acumula perda de 3,4% no ano e de 1,8% em 12 meses, prosseguindo “com a trajetória descendente iniciada em outubro de 2010 (11,8%)” e com taxa negativa mais intensa desde fevereiro daquele ano (-2,6%).

Segundo o instituto, o recuo de 0,9% no mês se explica pelo resultado negativo em 14 dos 27 ramos investigados. “Os principais impactos negativos foram observados nos setores de veículos automotores (-4,5%) e de alimentos (-3,4%), com o primeiro interrompendo três meses de taxas positivas consecutivas com crescimento de 22,7% nesse período, e o segundo acumulando perda de 7,1% em dois meses seguidos de recuo na produção”, diz o IBGE, que destaca ainda as contribuições negativas do segmentos de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-10,9%), metalurgia básica (-2,4%), celulose, papel e produtos de papel (-3,0%), outros produtos químicos (-1,0%) e calçados e artigos de couro (-5,3%).

Entre as altas, o segmento de produtos de metal cresceu 13,2% e “eliminou a perda de 6,1% acumulada em três meses de taxas negativas consecutivas”. Também tiveram elevação as áreas de indústrias extrativas (1,5%), borracha e plástico (2,6%), máquinas e equipamentos (1,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (0,9%).

Na comparação com maio de 2011, houve queda em 17 das 27 atividades pesquisadas. O ramo de veículos automotores caiu 16,8% e exerceu a maior influência negativa, “pressionado pela queda na produção de aproximadamente 75% dos produtos investigados no setor, com destaque para caminhão-trator para reboques e semi-reboques, caminhões, automóveis, chassis com motor para ônibus e caminhões, motores a diesel e autopeças”.