Preços

‘Prévia’ da inflação volta a subir com energia mais cara. Preço de alimentos tem queda

Com o resultado de agosto, IPCA-15 soma 4,24% em 12 meses. Gasolina aumentou e etanol caiu

Reprodução/Montagem RBA
Reprodução/Montagem RBA
Apesar da oscilação nos preços de alimentos e combustíveis, índice oficial aponta para controle inflacionário

São Paulo – Depois de registrar deflação (-0,07%) no mês anterior, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,28% em agosto. Com esse resultado, divulgado pelo IBGE na manhã desta sexta-feira (25), o índice que corresponde à “prévia” da inflação oficial acumula alta de 3,38% no ano. Em 12 meses, sobe 4,24%.

A energia elétrica residencial representou um dos principais impactos. O preço da gasolina subiu e o dos alimentos caiu. Sete dos nove grupos que compõem o IPCA-15 registraram alta.

Energia, água e gás

No grupo Habitação (1,08%), por exemplo, a energia subiu 4,59% no mês, com impacto de 0,18 ponto percentual na taxa do mês. Segundo o IBGE, o resultado teve influência do “fim da incorporação do Bônus de Itaipu”, além de reajustes em Curitiba, Porto Alegre e São Paulo.

Ainda nesse grupo, a taxa de água e esgoto subiu 0,20%, com reajustes aplicados em Porto Alegre e Brasília. Já o gás encanado teve queda (-0,31%), com reduções no Rio de Janeiro e Curitiba.

Cursos e combustíveis colaboram com alta no índice de inflação

Outro grupo com alta foi Saúde e Cuidados Pessoais (0,81%). De acordo com o IBGE subiram itens de higiene pessoal, como produtos para pele e perfumes. Em Educação (0,71%), o instituto apurou alta nos cursos regulares – sob impacto de custos com creche e no ensino superior – e cursos diversos, sob influência de cursos preparatórios e de idiomas.

Por sua vez, o grupo Transportes (0,23%) teve impacto do aumento nos preços do automóvel novo (2,94%). A gasolina subiu 0,90%, em média, e o gás veicular subiu 1,88%. Caíram óleo diesel (-0.81%) e etanol (-2,55%). E também passagens aéreas (-11,36%).

Com reajuste em Fortaleza, o valor do táxi aumentou 0,43%. E o ônibus urbano caiu 2,80%, com redução nas tarifas em Belo Horizonte.

Queda nos alimentos

O grupo Alimentação e Bebidas caiu (-0,65%), segundo o IBGE, por nova deflação no item alimentação no domicílio (-0,99%). O instituto cita batata inglesa (-12,68%), tomate (-5,60%), frango em pedaços (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%). Já o preço das frutas subiu (1,42%). A alimentação fora do domicílio subiu menos do que em julho (0,22%) e a refeição, mais (0,35%).

Entre as áreas pesquisadas, só Belo Horizonte teve queda (-0,18%) neste mês. A maior variação foi registrada em Fortaleza (0,73%). No acumulado em 12 meses, o índice oficial da inflação vai de 3,40% (Rio de Janeiro) a 5,15% (Belém), com alta de 4,23% na Grande São Paulo.

O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 12 de setembro.

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