Consumo

Páscoa impulsiona comércio, e vendas crescem em relação a 2022

Setor que inclui supermercados tem melhor resultado em três anos. Combustíveis e lubrificantes registra crescimento, somando alta de 17% nos quatro primeiros meses do ano

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Até a pandemia, os resultados das vendas da Páscoa apareciam em abril. Nos anos seguintes, os ovos começaram a ser vendidos muito antes, e as vendas eram diluídas ao longo desses meses. Neste ano, houve uma volta ao padrão anterior

São Paulo – De março para abril, o volume de vendas no comércio varejista variou 0,1%, segundo o IBGE. É o quarto mês sem variação negativa. Em relação a abril do ano passado, o instituto apurou crescimento de 0,5%. De acordo com os resultados divulgados nesta quarta-feira (14), o setor acumula alta de 1,9% em 2023. Em 12 meses, as vendas sobem 0,9%.

Um dos destaques foi o setor de hiper e supermercados, com alta de 3,2% no mês, a maior em três anos. Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, o resultado se deve principalmente à Páscoa. “Antes da pandemia, os resultados das vendas da Páscoa no varejo apareciam sobretudo em abril. Nos anos subsequentes, os ovos começaram a ser vendidos muito antes, em janeiro, e essas vendas eram diluídas ao longo desses meses. Neste ano, houve uma volta ao padrão de antes, e o resultado forte das vendas da Páscoa puxou o setor.” Assim, as vendas crescem 2,7% no e 2,1% em 12 meses.

Já no varejo ampliado (que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção), o volume de vendas caiu 1,6% no mês, mas cresceu 3,1% em relação a abril de 2022. Acumula alta de 3,3% no ano e estabilidade nos 12 últimos meses.

Venda de combustíveis

Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram queda de março para abril. Entre elas, tecidos, vestuário e calçados (-3,75) e combustíveis/lubrificantes (-1,9%). No ampliado, o segmento de veículos/motos caiu 5,9% e o de material de construção, 0,8%.

Em relação a abril de 2022, o setor de vestuário recua 11%, enquanto o de móveis e eletrodomésticos cai 2,4%. Já o de combustíveis e lubrificantes registra crescimento de 8,7%, somando alta de 17% nos quatro primeiros meses do ano e de 20,8% em 12 meses. Veículos/motos e material de construção também têm quedas: -1,9% e -7,6%, respectivamente.

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