Vagas

País abriu 1,5 milhão de empregos com carteira em 2023. Setor de serviços concentra 60%

Estoque de postos de trabalho formais está em torno de 44 milhões

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São Paulo – O mercado de trabalho formal abriu quase 1,5 milhão de vagas com carteira assinada em 2023. Segundo o “novo” Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o saldo exato foi de 1.483.598, entre admissões e demissões. Com isso, o estoque de empregos com carteira terminou o ano em 43.928.023 vínculos ativos. Em dezembro, como sempre acontece, devido ao fim de contrato de temporários, houve queda (menos 430.159 vagas).

Com 886.256 postos de trabalho abertos no ano passado, o setor de serviços concentrou 59,7% do total. Entre os demais setores de atividade, na sequência vêm comércio (saldo de 276.528 vagas com carteira, com melhoria no quarto trimestre, principalmente no setor varejista), construção (158.940), indústria (127.145 postos, sendo 103.467 na de transformação) e agropecuária (34.762 postos).

Faixas salariais menores

Os homens representam 58% do total, ante 42% das mulheres. No recorte por idade, 77% dos empregos com carteira estão na faixa de 18 a 24 anos e 87% se concentram entre trabalhadores com ensino médio completo. E 92% estão na faixa que varia um a até 1,5 salário mínimo.

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Todas as regiões tiveram saldo positivo em 2023. Em números absolutos, o Sudeste aparece em primeiro, com 726.327 empregos formais, crescimento de 3,34%. Percentualmente, a maior alta foi apurada no Nordeste: 4,25%, com saldo de 298.188 postos de trabalho. Depois vêm Sul (197.658 de saldo, alta de 2,50%), Centro-Oeste (155.956, 4,23%) e Norte (106.375, 5,21%). Todas as unidades da federação tiveram aumento.

Salários

Ainda segundo o MTE, o salário médio de admissão acumulado do ano foi de R$ 2.037,94. Em relação a 2022, houve avanço de 1,07%. Os valores variam de R$ 1.795,68 (comércio) a R$ 2.159,84 (indústria).

Os dados do Caged mostram ainda que 255.383 empregos (17,2% do saldo total) são caracterizados como “não típicos”. Nesses casos, predominam jornadas abaixo de 30 horas e trabalho intermitente.