Postos BR

FUP apoia decisão da Petrobras de não renovar uso de marcas pela Vibra

Empresa que adquiriu o controle da BR Distribuidora, privatizada por Bolsonaro em 2019, também levou o direito de explorar marcas, como a dos Postos Petrobras, por 10 anos. Petroleiros vão questionar contrato “draconiano” na Justiça

Divulgação/Vibra
Divulgação/Vibra
Por contrato com a Vibra, Petrobras fica impedida de utilizar suas próprias marcas até 2029

São Paulo – A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (10) que não vai renovar a licença de uso de marcas da companhia pela Vibra Energia. O contrato se iniciou em 2019, quando a Vibra adquiriu a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras privatizada durante o governo Bolsonaro. Com a privatização, além da rede de 8 mil postos, a Vibra adquiriu também o direito de explorar por 10 anos as marcas “Postos Petrobras”, “BR Aviation”, “Podium” e “Grid”.

“A não renovação da licença permitirá a eventual avaliação de novas estratégias de gestão de marca e oportunidades de negócios para a Petrobras”, diz a Petrobras, em nota. Nesse sentido, sinaliza a possibilidade da estatal voltar a atuar diretamente na distribuição.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) celebrou decisão. Mas entende que é preciso avançar mais, pois o atual contrato com a Vibra se encerrará somente em 28 de junho de 2029. “Antes tarde do que nunca. Mas precisamos acelerar mais”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

Ele classificou o contrato como “draconiano”, já que impede a Petrobras de explorar as suas próprias marcas. Nesse sentido, ele defende que o mesmo deve ser questionado na Justiça. “A FUP junto com a Anapetro (Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras) farão isso”, adiantou.

Do poço ao posto

Em nota, a FUP afirma que sempre lutou contra o “desmonte” da Petrobras, e defende a volta da estatal ao setor de Distribuição e Comercialização. “Precisamos cobrar a investigação e a responsabilização pela entrega da BR Distribuidora e assinatura desse contrato draconiano, além de exigir o afastamento das pessoas envolvidas nesse processo, assim como a FUP está agindo em relação à venda lesiva da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, ao fundo árabe Mubadala”, ressaltou Bacelar.

Segundo o líder petroleiro, com a Petrobras de volta à distribuição e comercialização, os preços dos combustíveis serão ainda mais justos para a população brasileira, devido ao fato de a cadeia voltar a ser integrada, do poço ao posto.


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