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Nordeste é a região com maior queda no número de assassinatos

Em 2021, o Brasil registrou 41.069 assassinatos – 3.049 a menos que no ano anterior. Na soma dos estados nordestinos, a redução foi de 1.945

PXHere/Creative Commons
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Segundo os governos, a redução no número de mortes é resultado de investimentos em integração das forças de segurança e inteligência das polícias

São Paulo – A região Nordeste é a que teve maior queda no número de assassinatos em 2021, segundo levantamento do Consórcio Nordeste, com base no Monitor da Violência. O relatório foi divulgado esta semana pelo g1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Pelo estudo, em 2021 o Brasil registrou 41.069 assassinatos – 3.049 a menos que no ano anterior. Somando somente os estados nordestinos, a redução foi de 1.945 ocorrências.

O dado positivo dos estados nordestinos, cujos governos fazem oposição ao presidente Jair Bolsonaro, é mais uma derrota federal. O presidente chegou a comemorar, atribuindo o resultado nacional à sua política de facilitação de aquisição de armas pela população civil. Mas, segundo diversas manifestações de especialistas, por muitas vezes o presidente investiu contra a segurança pública, incentivando a radicalização política de demandas corporativas como forma de antagonizar policiais e governadores.

“No Nordeste, além do plano estratégico e trabalho competente de cada estado, destaco a importância da Força Integrada de Segurança Nordeste e Central de inteligência Nordeste. Ainda é grande o desafio do (combate ao) crime organizado, pela falta de controle de armas e drogas nas fronteiras. Também ficou mais difícil com ausência de um plano nacional e ainda a liberação de armas e munição, colocando em risco a população e policiais”, afirmou o governador do Piauí, Wellington Dias, que coordena a área temática de segurança no consórcio.

Com a criação do Consórcio Nordeste, que reúne os nove estados da região, em 2019, vieram ações integradas, como a força de Segurança Integrada dos Estados por meio de comunicação regionalizada, envolvendo os secretários de Segurança, Justiça, delegados gerais, comandantes das polícias militar e civil, bombeiros e gestores do sistema carcerário.

Também foi instalado o centro integrado de inteligência e controle para o combate ao crime organizado, com sede em Fortaleza, que resultou no melhor enfretamento ao narcotráfico e ao crime organizado na região.

Redação: Cida de Oliveira