Moradia é direito

Movimentos de moradia cobram Ricardo Nunes, que prometeu 40 mil casas e não entregou

Prefeito bolsonarista de São Paulo prometeu a entrega de 40 mil unidades. Moradia é direito, afirmam movimentos sociais

UMM
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"A verdade é que só tem dinheiro para a especulação imobiliária e para as grandes construtoras"

São Paulo – A União dos Movimentos Populares de Moradias de São Paulo cobrou do prefeito Ricardo Nunes a entrega de 40 mil casas prometidas para a capital paulista. Em ato realizado ontem (21), eles percorreram as ruas centrais da cidade. O atual prefeito bolsonarista prometeu a entrega, mas os movimentos afirmam que “a verdade é que só tem dinheiro para a especulação imobiliária e para as grandes construtoras e não para moradia popular”.

O povo que mais precisa, organizado em associações e mutirões de autogestão continua sem qualquer tipo de financiamento para a moradia, acusam as entidades. Então, também as obras de entidades ligadas ao Programa Municipal “Pode Entrar” estão com as parcelas de fevereiro atrasadas, sem previsão de liberação. Os processos de contratações estão emperrados e todas as promessas feitas pelo secretário de habitação no final do ano ainda nem começaram a sair do papel.

“Moradia é a porta de entrada para todos os outros direitos e vamos para as ruas cobrar o que é nosso”, entoavam os manifestantes. Em novembro do ano passado, a União dos Movimentos de Moradia do Estado de São Paulo (UMM) entregou ofício ao secretário de Habitação, Milton Vieira. No documento, eles pediram uma reunião para tratar de questões relacionadas ao tema e tentar agilizar a liberação das moradias.

As pautas unificadas dos movimentos de moradia são:

  • Melhoria e agilidade no fluxo de medição, prestação de contas, adequação de cronogramas e liberação de recursos – foi acordado que seria apresentado uma proposta para discussão entre Cohab e Sehab para apresentar aos movimentos
  • Imediata normatização e enquadramento das famílias integrantes dos empreendimentos e comercialização – aguardamos a portaria acerca do tema
  • Processo de reajuste dos contratos e aprovação das reprogramações – as entidades aguardam informações sobre esse assunto
  • Continuidade da contratação dos empreendimentos das entidades
  • Novo chamamento para terrenos públicos e aquisição de terrenos


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