Solidariedade

Governo vai realocar atingidos por incêndio em acampamento do MST

Tragédia no Pará, que deixou nove mortos, colocou 2.500 famílias na incerteza. A pedido do presidente Lula, ministro Paulo Teixeira e o presidente do Incra foram para a região hoje

MST/PA
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As autoridades federais atenderam ao chamado pessoal do presidente Lula. Lá, eles participaram de uma audiência pela manhã

São Paulo – Nove pessoas morreram no acampamento “Terra e Liberdade” do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) em Parauapebas, no sudeste do Pará no sábado (9). A fatalidade ocorreu durante a instalação de internet na comunidade. Uma antena colidiu com os fios de alta tensão da rede elétrica, iniciando o incêndio. Então, agora o governo federal busca formas de ajudar essas vítimas. Hoje (11), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e o presidente do Incra, César Aldrigui, estiveram no local acompanhando os desdobramentos.

As autoridades federais atenderam ao chamado pessoal do presidente Lula. Lá, eles participaram de uma audiência pela manhã na Vila Palmares II, onde é a sede da comunidade. Uma assembleia entre os agricultores do MST também está programada para a tarde desta mesma segunda-feira.

Vítimas entre acampados do MST

O acidente resultou na morte imediata de nove pessoas e deixou oito feridos, todos membros da comunidade sem terra. As vítimas feridas foram levadas para hospitais locais. Sete já receberam alta médica. Apenas uma permanece internado em estado estável, com queimaduras de segundo grau.

O MST divulgou os nomes de oito das nove vítimas fatais, destacando a perda de Francisco Nascimento de Sousa Júnior, Gabriel Pereira da Silva, Geovane Pereira dos Santos, Jovenilson Aragão Trindade, Francisco Ferreira, Francisco De Assis Pereira Rodrigues, Fernanda Sousa de Almeida e Eva Maria da Conceição Silva.

Em busca de soluções

Diante da tragédia, o ministro Paulo Teixeira expressou a intenção do governo em realizar um levantamento de áreas públicas visando ao assentamento dos afetados. São 2.500 famílias no total. “Faremos o cadastro, buscando alternativas de transferência para um local adequado para que definitivamente possam continuar produzindo alimentos para o povo brasileiro”, afirmou.

Teixeira ressaltou que as negociações com a comunidade vinham ocorrendo desde julho, com o objetivo de evitar conflitos fundiários. “Vamos continuar a implementar os compromissos do Governo Federal assumidos com essas famílias, que têm o direito de serem atendidas dentro do programa de reforma agrária brasileiro”, garantiu o ministro.