Trabalhadores da General Motors mantêm greve contra 800 demissões
Sindicalistas, funcionários e empresa reúnem-se nesta terça-feira (24) em audiência de conciliação. Com o movimento, 300 veículos por dia deixam de ser fabricados
Publicado 23/02/2015 - 11h10
São Paulo – Os metalúrgicos da General Motors em São José dos Campos, no interior paulista, decidiram na manhã de hoje (23) manter o movimento de greve iniciado na sexta-feira (20), contra a intenção da montadora de demitir 800 funcionários da unidade. Com o movimento, 300 carros por dia deixam de ser produzidos.
Na fábrica de São José dos Campos, a empresa mantém 5.200 trabalhadores, que atuam nas linhas dos veículos S10 e Trailblazer, além de motores, transmissões e CKD.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à CSP-Conlutas, e a GM reúnem-se amanhã (24), às 15h30, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas, para uma audiência de conciliação.
Depois de romper com o processo de negociação com os metalúrgicos, a empresa ajuizou dissídio coletivo no TRT. Junto com o sindicato, uma comissão de trabalhadores vai acompanhar a audiência.
Na última reunião, a GM propôs a abertura de um novo período de lay-off (suspensão do contrato), por dois meses, para 798 trabalhadores. Após esse período, todos seriam demitidos. Com a greve, a montadora fica legalmente impedida de realizar demissões. O sindicato concorda com a realização do lay-off, desde que não ocorra nenhuma demissão.
“Não há qualquer hipótese de aceitarmos demissões na fábrica. Desde sexta-feira, o sindicato se colocou à disposição da empresa para dar continuidade às negociações, mas até agora a GM não se manifestou. A única saída para garantir o emprego desses trabalhadores é continuarmos com a greve”, afirma o presidente da entidade, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.