Polícia Civil de São Paulo ainda não conseguiu ser atendida por Alckmin
Trabalhadores saem em passeata até a sede oficial do governo e ameaçam entrar em greve a partir de 1º de agosto se não forem atendidos
Publicado 22/07/2013 - 14h04
Uma das reivindicações da categoria é o direito à aposentadoria especial por atuar em situação de risco
São Paulo – Agentes da Polícia Civil de São Paulo organizam uma passeata para amanhã (23), na zona sul da capital, até a sede do governo estadual. A manifestação é mais uma tentativa de serem recebidos pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), a fim de discutir a pauta de reivindicações da categoria, que reúne agentes penitenciários, escrivães, delegados e investigadores.
A concentração deve sair às 14h da Praça do Povo, próximo ao Jóquei Clube, em direção ao Palácio dos Bandeirantes, Os policiais têm data-base em 1º de março e ameaçam entrar em greve no dia 1º de agosto, caso não sejam recebidos.
Entre as reivindicações estão pagamento do salário de nível superior aos escrivães e investigadores, reestruturação das demais carreiras, aposentadoria especial pela Lei federal 51/85, que garante o direito à aposentadoria de trabalhadores com profissões de risco em 25 anos de carreira, entre outras. Os policiais afirmam exercer as funções de maneira precária, com armamento defasado, viaturas sucateadas e escalas abusivas de serviços.
“A situação da segurança pública está lamentável, é necessária uma reformulação urgente para que se tenha uma polícia decente, que a população merece. O governador até agora não deu sequer uma resposta às nossas reivindicações e se recusa a nos atender. Estamos dispostos a entrar em greve”, afirma o presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), João Rebouças. O movimento é organizado também pelo sindicato dos escrivães (Sepesp) e tem participação de agentes de todos os segmentos da polícia civil.