Bancários retomam negociações de campanha salarial nesta terça
Cartaz da campanha salarial dos bancários deste ano questiona argumentos do setor patronal para não atender reivindicações (reprodução/detalhe) O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do […]
Publicado 21/08/2012 - 12h06
Cartaz da campanha salarial dos bancários deste ano questiona argumentos do setor patronal para não atender reivindicações (reprodução/detalhe)
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), retoma nesta terça-feira (21), em São Paulo, as negociações da Campanha 2012 com a Federação Nacional de Bancos (Fenaban), agora para discutir as reivindicações sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração. Essa terceira rodada de negociações continuará na quarta (22).
“O sistema financeiro nacional está mais sólido que nunca. Somente os cinco maiores bancos do país lucraram no primeiro semestre do ano mais de R$ 24,5 bilhões. Não há nenhuma razão para que não atendam às reivindicações econômicas e sociais dos bancários, principais responsáveis pelos bons resultados”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, que debate as reivindicações de campanha com o setor patronal.
“Vamos voltar à mesa de negociação apontando aos bancos que precisam investir muito mais em segurança em nome da vida de clientes e funcionários. Que têm de reduzir as desigualdades entre homens e mulheres, principalmente de salários e nas condições de ascensão profissional. E que podem pagar aumento real nos salários, PLR e tíquetes maiores, valorizando os funcionários responsáveis por esses excelentes resultados”, completa Juvandia Moreira, presidenta do sindicato da categoria em São Paulo, Osasco e região.
Nas negociações de hoje destacam-se destacam reivindicações como a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos e medidas de prevenção contra assaltos e sequestros como a porta giratória com detectores de metais. Além disso, a categoria reivindica estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência, além de adicional de risco de morte de 30% do salário para quem trabalha em agências, postos e áreas de tesouraria.
Campanha
Nas negociações desta ano, os bancários buscam reajuste salarial de 10,25% (inflação do período mais aumento real de 5%), valorização do piso salarial, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, Plano de Cargos e Salários (PCS) e previdência complementar para todos os bancários, dentre outras demandas.
A categoria também elenca a necessidade de avanços na promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento, sem exceções, a mulheres, negros, indígenas, homoafetivos e pessoas com deficiência. Outras medidas é a eliminação de práticas discriminatórias nas relações de trabalho, bem como o fim da pressão abusiva e do assédio moral nas agências e concentrações bancárias.