Para cinco centrais, Lupi é alvo de ‘linchamento’ para desestabilizar governo
Ministério comandado Lupi é alvo de acusações publicadas na imprensa (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil – arquivo) São Paulo – Cinco centrais sindicais emitiram nota de solidariedade ao ministro do […]
Publicado 07/11/2011 - 13h23
Ministério comandado Lupi é alvo de acusações publicadas na imprensa (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil – arquivo)
São Paulo – Cinco centrais sindicais emitiram nota de solidariedade ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, nesta segunda-feira (7). Alvo de acusações publicadas na edição do fim de semana da revista Veja, Lupi é “vítima” de “campanha difamatória” para “linchamento público”, segundo os sindicalistas, voltada a desestabilizar o governo.
“Não podemos nos calar diante desses ataques, que estão eivados de interesses políticos inconfessáveis e que estão surgindo no momento em que demandas e os direitos dos trabalhadores estão avançando no Brasil, e têm contado com o apoio incontestável e forte incentivo do titular do Ministério do Trabalho e Emprego”, diz o texto.
No sábado (5), começou a circular a edição da publicação da editora Abril que sustenta que haveria um esquema de cobrança de propina envolvendo convênios com ONGs e a pasta. No mesmo dia, Lupi divulgou nota na qual afirma que afastou o assessor especial e coordenador-geral de Qualificação, Anderson Alexandre dos Santos, e tomou providências para investigar o caso.
Desde junho, seis ministros do governo Dilma deixaram seus postos – cinco deles após acusações de corrupção envolvendo as pastas por eles comandadas. Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Dias (Esporte) caíram nesse contexto. Nelson Jobim (Defesa) foi o único a deixar o posto por desgaste político.
A avaliação é de que Lupi seja o próximo alvo. No cômputo das baixas, há um ministro do PT, um do PR (que até deixou a base governista no Congresso Nacional), três do PMDB e um do PCdoB.
Das seis centrais reconhecidas pelo Ministério do Trabalho, apenas a Central Única dos Trabalhadores (CUT) não assina a nota de solidariedade.
Confira a nota
Centrais Sindicais manifestam solidariedade ao ministro do Trabalho e Emprego
As Centrais Sindicais signatárias deste documento manifestam solidariedade ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que está sendo vítima, assim como o movimento sindical, de uma sórdida e explícita campanha difamatória e de uma implacável perseguição política, que visa a desestabilização do governo e o linchamento público do titular da pasta.
Não podemos nos calar diante desses ataques, que estão eivados de interesses políticos inconfessáveis e que estão surgindo no momento em que demandas e os direitos dos trabalhadores estão avançando no Brasil, e têm contado com o apoio incontestável e forte incentivo do titular do Ministério do Trabalho e Emprego.
Demandas estas dialogadas e deferidas de forma plenamente democrática, que contribuíram para o avanço das relações trabalho e capital, entre as quais podemos citar a legalização das centrais sindicais – que modernizou e fortaleceu o movimento sindical –, a instituição do ponto eletrônico para coibir falcatruas em horas-extras trabalhadas e a qualificação dos trabalhadores, como forma de oferecer oportunidades a todos.
Ressaltamos o elevado comportamento moral do ministro Carlos Lupi à frente da pasta do Trabalho e Emprego como um defensor ferrenho dos direitos dos trabalhadores, sendo um importante protagonista na luta pelo emprego e pela qualificação profissional.
Paulo Pereira da Silva (Paulinho) – presidente da Força Sindical
Wagner Gomes – presidente da CTB (Central dos Trabalhadores(as) do Brasil)
Ricardo Patah – presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
José Calixto Ramos – presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto / Ubiraci Dantas de Oliveira – CGTB (Central Geral de Trabalhadores do Brasil)