São Paulo – Os metroviários de São Paulo decidiram em assembleia hoje (23) prosseguir a negociação com a empresa, enquanto os trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram aceitar a proposta acertada com intermediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O dia começou com ambas as empresas sustentando oferta de 7,5% de reajuste, o que poderia levar a paralisações nesta terça-feira (24).

Hoje, CPTM e Metrô realizaram, com sindicatos, reuniões de conciliação mediadas pelo TRT. Na semana passada, a companhia de trens chegou a elevar a oferta de 5,22% para 10,44%. No início do dia, porém, retirou a proposta. Mas, no final da tarde, momentos antes da assembleia dos ferroviários, anunciou a manutenção dos 10,44%, o que levou a categoria a aceitar o índice e cancelar a paralisação.

O índice será pago em duas parcelas, a primeira retroativa a março e a segunda em setembro. O vale-refeição, corrigido de uma só vez, passará a R$ 728,90, chegando, segundo o Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, a R$ 736 em setembro, atual valor pago pelo Metrô. O vale-alimentação vai a R$ 305,37 e chega a R$ 319 também em setembro. Itens como Plano de Participação nos Resultados (PPR), jornada e escalas de trabalho continuarão sendo discutidas no TRT.

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No caso do Metrô, não houve reformulação da oferta salarial de 7,5%, mas o Tribunal sugeriu que as partes tentassem chegar a um acordo negociado até a próxima terça-feira (31). Na assembleia de hoje, os trabalhadores concordaram. Os metroviários reprogramaram a paralisação desta terça para o próximo dia 1º, caso a empresa não leve proposta satisfatória na negociação acertada com o TRT. Foi marcada nova assembleia para terça, às 18h30.

As companhias são controladas pelo governo do estado de São Paulo. A CPTM fechou 2015 com 8.570 funcionários, ante 8.752 no ano anterior. Transportou, em média, 831,4 milhões de passageiros (832,9 milhões em 2014).

Já o Metrô registrou 899 milhões de passageiros na rede, 0,3% acima de 2014, número que chega a 1,1 bilhão se consideradas as transferências entre linhas nas estações Sé, Paraíso, Ana Rosa e Vila Prudente. A média nos dias úteis foi de 3,8 milhões de passageiros transportados. A empresa terminou o ano com 9.436 empregados (9.612 em 2014), sendo 4.511 operação, 2.806 na manutenção, 1.084 na administração, 774 na expansão e 261 na área financeira.