Greve dos Correios continua nesta sexta com promessa de intensificação

Trabalhadores receberam proposta de reajuste de 6,87% e abono de R$ 800

Funcionários dos Correios do Distrito Federal em greve durante ato no prédio-sede da empresa (Foto: Antonio Cruz/ABr)

São Paulo – Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), em greve desde terça-feira (13), mantêm a promessa de intensificar a mobilização pela cobrança de melhores condições de trabalho, aumento real de salário e contra o assédio moral. A informação é de que 34 dos 35 sindicatos da categoria estão parados. Em nota, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) orienta as entidades associadas a não retornar ao trabalho até apresentação da proposta patronal.

A categoria recorre a 2008 para fortalecer o movimento. Na ocasião, após 21 dias de paralisação, o aumento salarial foi concedido. As negociações, abertas desde o dia 26 de julho, seguem sem consenso. “Infelizmente, a empresa não apresentou proposta viável e compatível com as reivindicações dos trabalhadores”, pontuou a nota.

Os Correios propuseram reajuste de 6,87% (ante reivindicação de 7,26%), abono salarial de R$ 800, reajuste linear de R$ 50 a partir de junho e vale-alimentação de R$ 23 (ante R$ 25 da pauta da campanha). Os trabalhadores defendem aidna a contratação de 21 mil trabalhadores em todo o país.

A ECT divulgou, na quinta-feira (15), que a adesão dos funcionários à paralisação era de 30%, afetando 40% das entregas no país, inclusive serviços de Sedex e Disque-Coleta. Segundo a Fentect, 75% dos trabalhadores estão de braços cruzados. A estatal afirma que só negociará se a greve for suspensa.

Em assembleias previstas para ocorrer no final desta sexta, a categoria irá definir o rumo da greve.