São Paulo – Uma sucessão de conflitos no processo eleitoral do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano (SindMotoristas) de São Paulo pode provocar greve no setor de ônibus, nesta sexta-feira (1º), na capital paulista. O próprio sindicato da categoria divulgou comunicado em que “repudia qualquer possibilidade de greve , em prejuízo aos trabalhadores em transportes e passageiros, para fins eleitoreiros”. O presidente da entidade, Valdevan Noventa, afirma que não tem qualquer participação na convocação do movimento.

Essa convocação teria sido liderada pelo candidato Edivaldo Santiago, ex-presidente do sindicato, após a eleição ter sido suspensa por decisão judicial. Quatro chapas estavam inscritas. Valdevan reassumiu o comando do SindMotoristas no último 10, também por decisão judicial.

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Na última segunda-feira (27), o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) confirmou liminar suspendendo as eleições realizadas nos dias 21 e 22. Além disso, foi suspensa a posse, que estava marcada justamente para amanhã – Edivaldo pretende assumir a presidência. A juíza convocada Valéria Nicolau Sanchez, relatora, fixou multa de R$ 50 mil para cada integrante da comissão eleitoral e ao encabeçador da chapa 4.

Urnas eletrônicas

Com essa decisão, foi mantida liminar que havia sido concedida no último dia 22 pelo vice-presidente judicial do TRT, Marcelo Freire Gonçalves. O magistrado acatou pedido da chapa 2, contra decisão de primeira instância, e suspendeu o pleito. Ele também determinou convocação de nova eleição por edital, até 28 de dezembro, tornando obrigatório o uso de urnas eletrônicas.

Já a prefeitura da capital entrou na Justiça contra a possível greve. E pede multa de R$ 1 milhão em caso de paralisação.