São Paulo – A partir desta terça-feira (14), voltou a ser obrigatório o uso de máscaras em todos os ambientes fechados de Belo Horizonte. De acordo com portaria publicada no Diário Oficial do Município, a medida na capital mineira vale até 31 de julho, mas poderá ser prorrogada, a depender da evolução dos casos de covid-19. Quem desobedecer a norma estará sujeito a multa no valor de R$ 100. Estabelecimentos também podem ser punidos.

Com a resolução, Belo Horizonte é a primeira capital do país a retomar o uso obrigatório do máscara como resposta ao crescimento do número de casos e óbitos por covid-19 no país. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo, as autoridades municipais recomendam, mas ainda não obrigam, o uso de máscaras em locais fechados. Na capital paulista, seu uso é obrigatório apenas em unidades de saúde e nos transportes públicos. No Rio, até mesmo nesses locais o uso é facultativo.

A capital mineira, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, registrou em 19 de maio 112,9 novos casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes. Esses números saltaram para 156 casos confirmados por 100 mil habitantes na semana passada.

Nesse sentido, também aumentou a positividade dos testes contra a doença na rede municipal. Na semana entre 1º e 7 de maio foram, a prefeitura computou 6.531 exames, com taxa de positividade de 6%. Já entre o período de 29 de maio a 4 de junho, foram 20.964 testes, com 19% de positividade.

Vacinas

A secretária de Saúde da cidade, Cláudia Navarro, também frisou a necessidade de aumento da cobertura vacinal entre os belo-horizontinos. Principalmente entre o público infantil, a imunização ainda está abaixo do esperado, já que somente 57,1% da população nesta faixa etária tomaram a segunda dose. “A adesão ainda não é satisfatória. Então pedimos que nos ajudem com a divulgação da importância da vacina”, afirmou.

Números da covid no Brasil

O Brasil registrou hoje 174 mortes e 44.441 novos casos de covid-19, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O estado de São Paulo, no entanto, não divulgou seus dados devido a falhas no processamento. A Secretaria de Saúde do Tocantins também informou que os números relativos à doença no estado serão divulgados apenas no primeiro dia útil de cada semana.

Com essas informações ausentes, a média móvel de óbitos calculada em sete dias ficou em 144, com leve redução em relação ao dia anterior. Mas, em 14 dias, o índice registra alta de alta de 30%. A média móvel de casos, que ficou em 39.331, também caiu, após três dias acima de 40 mil. Em 14 dias, no entanto, a média de casos registrou crescimento de 51%. Ao todo, desde o início da pandemia, o Brasil tem 668.354 óbitos e mais de 31,5 milhões de casos da doença.