Cenário paulista

Na disputa pelo governo de São Paulo, Haddad lidera primeiro turno e vence em todos os cenários

Ex-prefeito está à frente nas intenções de voto para governador com 24%, segundo pesquisa Quaest/Genial. O petista é seguido por Márcio França (PSB), com 18%, e Tarcísio de Freitas, com 9%. Boulos tem 7% dos votos

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Márcio França, atrás de Haddad nas pesquisas, pode ser decisivo para aliança em SP

São Paulo – O ex-ministro e prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) lidera todos os cenários de primeiro turno na disputa pelo governo de São Paulo e venceria todos os adversários em segundo turno. É o que mostra pesquisa Genial-Quaest divulgada nesta quinta (17). Em simulação com nove candidatos, o petista lidera as intenções de voto com 24%. Ele é seguido pelo ex-governador Márcio França (18%), e pelo ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (sem partido), com 9%. Em quarto está o pré-candidato do Psol, Guilherme Boulos, com 7%. 

De acordo com o levantamento, a deputada federal Renata Abreu (Podemos) e o atual vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), aparecem empatados com 3%. O deputado federal Vinicius Poit (Novo) tem 2% das intenções de voto, enquanto o prefeito de São José dos Campos Felicio Ramuth (PSD) e o ex-ministro Abraham Weintraub (PMB) registram 1%.

A pesquisa projetou quatro cenários diferentes de primeiro turno. Em todos Haddad segue à frente nas intenções de voto e salta para 30% em um cenário sem Márcio França. Se as eleições fossem hoje, o PT chegaria pela primeira vez no Palácio dos Bandeirantes. Na disputa de segundo turno com Garcia, o ex-prefeito tem 41% dos votos, ante 25%. Já contra o ministro do governo Bolsonaro, Haddad soma 42% ante 27% de Tarcísio. A margem é menor contra o ex-governador Márcio França, mas Haddad ganharia com 38% dos votos contra 33%.

Ao todo, foram ouvidas 1.640 pessoas face a face entre sexta e segunda (11 a 14). A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o número SP-03634-2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.

Cenário 1

  • Haddad – 24%
  • França – 18%
  • Tarcísio – 9%
  • Boulos – 7%
  • Renata Abreu – 3%
  • Rodrigo Garcia – 3%
  • Poit – 2%
  • Ramuth – 1%
  • Weintraub – 1%
  • Branco/Nulo/Não pretende votar – 24%
  • Indecisos – 9%

Cenário 2

  • Haddad – 30%
  • Tarcísio – 11%
  • Renata Abreu – 7%
  • Rodrigo Garcia – 5%
  • Poit – 3%
  • Ramuth – 3%
  • Branco/Nulo/Não pretende votar – 32%
  • Indecisos – 10%

Cenário 3

  • Haddad – 31%
  • Tarcísio – 12%
  • Rodrigo Garcia – 6%
  • Poit – 4%
  • Ramuth – 3%
  • Branco/Nulo/Não pretende votar – 33%
  • Indecisos – 11%

Cenário 4

  • Haddad – 35%
  • Tarcísio – 15%
  • Rodrigo Garcia – 8%
  • Branco/Nulo/Não pretende votar – 33%
  • Indecisos – 9%

Segundo turno

Cenário 1

  • Haddad – 41%
  • Garcia – 25%
  • Branco/Nulo/Não pretende votar – 28%
  • Indecisos – 6%

Cenário 2

  • Haddad – 42%
  • Tarcísio – 27%
  • Branco/Nulo/Não pretende votar – 23%
  • Indecisos – 5%

Cenário 3

  • Haddad – 38%
  • França – 33%
  • Branco/Nulo/Não pretende votar – 23%
  • Indecisos – 5%

Cenário 4

  • França – 44%
  • Rodrigo Garcia – 15%
  • Branco/Nulo/Não pretende votar – 32%
  • Indecisos – 9%

Cenário V

  • Tarcísio – 29%
  • Rodrigo Garcia – 18%
  • Branco/Nulo/Não pretende votar – 43%
  • Indecisos – 10%
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Alianças 

Atrás do ex-prefeito de São Paulo, o candidato do PSB pode ser decisivo para aliança do campo democrático no estado. O presidente da legenda, Carlos Siqueira, já afirma que a candidatura de França ao governo ou sua troca para a disputa ao Senado só depende do próprio ex-governador. Em entrevista à Fórum, França se mostrou disposto a usar as pesquisas eleitorais como critério para a escolha de quem vai representar a centro-esquerda e a esquerda em São Paulo. 

Boulos também já teria sinalizado que poderia desistir da candidatura, caso o pessebista também abra mão da disputa pela aliança. Os três são os nomes mais conhecidos, de acordo com a pesquisa Genial-Quaest. Até 35% dos entrevistados disseram que conhecem, votam ou poderiam votar em Haddad. Assim como 33% também afirmaram sobre França e 21% sobre o candidato do Psol. Eles são seguidos por Freitas, com 17%.

O ministro de Infraestrutura é o escolhido por Bolsonaro para ser seu palanque no estado. O levantamento também associou os nomes de Haddad, Freitas e Garcia a seus respectivos padrinhos para saber em quem os eleitores votariam. O resultado é que, com Lula, o ex-prefeito registra o maior apoio, com 41%. Já com Bolsonaro, o desempenho do chefe de Infraestrutura chega a 27%. O vice-governador, Rodrigo Garcia, apadrinhado por João Doria, tem 9%.