Os irmãos Humberto Campana, nascido em Rio Claro (SP), em 1953, e Fernando Campana, natural de Brotas (SP), em 1961, são reconhecidos mundialmente como dois criativos e importantes designers. Porém, nunca haviam recebido uma exposição que reunisse praticamente a totalidade dos trabalhos que realizaram em artes plásticas, peças de mobiliário, jóias e instalações de grande escala. Essa falha, porém, foi corrigida agora, com a exposição “Anticorpos”, que percorre o Brasil e fica, até 25 de setembro, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília (DF).

Com cerca de 200 obras realizadas entre 1989 e 2009, e curadoria de Mathias Schwartz-Clauss e do Vitra Design Museum, a mostra se destaca por misturar elementos lúdicos com ironia, certa brasilidade e o uso de materiais alternativos, como papel machê. Algumas das obras encantam pelas várias possibilidades de leitura. Em uma delas, ficamos na dúvida, por exemplo, se trata-se de corpos entrelaçados ou de mão gigantesca. Já a Poltrona Vermelha, de 1993, chama atenção por ser construída com tubos de alumínio e imensas cordas de algodão. As jóias também são de beleza indescritível.

“Fernando e Humberto Campana ascenderam nos últimos vinte anos e se tornaram figuras centrais do design internacional. Sua rica linguagem visual está firmemente ancorada em sua terra natal, o Brasil – um país que reflete o protótipo típico de nossa época globalizada. A exuberância de sua natureza, a mistura de seu povo e a justaposição não mediada de ricos e pobres proporcionam o solo fértil onde crescem os contrastes de cores, formas e materiais dos Campana”, acrescentam os organizadores da mostra, no folder da exposição.

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