Áreas do litoral paulista são pouco exploradas para desenvolvimento regional

A preservação ambiental da região funciona como 'benção e maldição', segundo especialista

São Paulo – Muitos dos municípios do Litoral Norte e da Baixada Santista, entre Ubatuba e Peruíbe, têm a média de 70% a 80% de áreas protegidas, com a Serra do Mar, as restingas, e as unidades de Conservação Marinha que abrangem as ilhas oceânicas. Ao mesmo tempo que existe uma potencialidade ambiental, com a proteção de importantes biomas, há também o potencial de desenvolvimento econômico social inclusivo.

Segundo o especialista em direito ambiental, Marcel Fantin, responsável pelo diagnóstico de áreas protegidas do projeto Litoral Sustentável, elaborado pelo Instituto Pólis em parceria com a Petrobrás, a preservação é, ao mesmo tempo, “uma benção e uma maldição” para as comunidades tradicionais da região.

“Uma benção no sentido de que quando você cria áreas protegidas há o esvaziamento do valor econômico destas áreas para o mercado imobiliário, o que permitiu às comunidades que mantivessem ali seus usos de costume da região”, disse ele à Rádio Brasil Atual

Porém, Fantin também ressalta as limitações que as unidades de conservação integral impõem. “Isso impede as comunidades de, por exemplo, utilizarem a vegetação para a construção de canoas, de artesanato, de agricultura de subsistência, as possibilidades das culturas tradicionais sobreviverem se reduzem.”

Ele também lembra que as comunidades poderiam explorar o turismo nas áreas de desenvolvimento sustentável.

Ouça aqui a reportagem de Marilu Cabañas. 

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