Trabalhadores de limpeza de SP prometem greve para dia 16

Categoria reclama de impasse nas negociações com a prefeitura, que cortou as verbas para o setor, provocando a demissão de 1.600 trabalhadores

A prefeitura de São Paulo não recuou da decisão de cortar 20% das verbas destinadas à limpeza pública. Em audiência convocada pelo Ministério Público do Trabalho na quarta-feira (9), a administração de Gilberto Kassab e as empresas responsáveis pelo setor demonstraram que não recuarão da decisão de cortar 1.600 postos de trabalho.

O Siemaco, sindicato que representa os funcionários do setor, deposita esperança na próxima reunião, marcada para terça-feira (15). Pela prefeitura foram convocados os secretários de Negócios Jurídicos, Cláudio Lembo, e o de Serviços e Transportes, Alexandre de Moraes.

Moacyr Pereira, presidente do Siemaco, avisa que “estamos mobilizando os trabalhadores da varrição e caso se mantenham as atuais demissões, vamos entrar em greve a partir de quarta-feira, dia 16 de setembro”.

Durante as fortes chuvas desta semana, os problemas gerados pelo corte de verbas no setor ficaram evidentes, com entupimento de bueiros e lixo espalhado pelas ruas. A Favela do Sapo, na zona norte da capital paulista, foi invadida por enchente e lixo na terça-feira (8). Os moradores, revoltados, despejaram os dejetos na Marginal Tietê, uma das principais vias de ligação da cidade.

“É uma tragédia anunciada que já havíamos alertado desde o início das atuais demissões, pois com menos pessoal, o lixo se acumula nas calçadas e nos bueiros, causando enchentes, alagamentos e problemas de saúde pública”, diz Moacyr Pereira.

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