São Paulo – Assembleias de petroleiros pelo país estão aprovando proposta de acordo coletivo com a Petrobras, conforme indicativo do Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP). A categoria tem data-base em 1º de setembro. Esta é a quarta proposta da empresa – as anteriores foram rejeitadas. Desta vez, a FUP avalia que a mobilização garantiu a manutenção de uma cláusula de defesa do emprego, que a Petrobras queria eliminar. “Desde a primeira reunião de negociação do ACT (acordo coletivo de trabalho), a gestão da Petrobrás e o governo Bolsonaro tentaram colocar uma pá de cal nessa conquista”, diz a entidade.

“A nova redação protege contra despedidas sem justa causa dos empregados ‘impactados’ pelo desmanche da empresa”, afirma o assessor jurídico da FUP, Normando Rodrigues. “E esses não são apenas os de unidades vendidas ou inativadas, mas também aqueles de outras unidades, que recebam os empregados vindos das que atingidas pelo projeto de destruição da companhia.”

Desmanche

A proposta também inclui reajuste pela inflação acumulada no período – o IPCA em 12 meses, até agosto, soma 8,73%. “Mesmo sob um governo fascista, que realizou o maior desmanche da história da Petrobrás e ainda insiste na privatização completa da empresa, a proteção contra as demissões sem justa causa está mantida no Acordo Coletivo, não só para os trabalhadores lotados em unidades ameaçadas de fechamento e venda, como é o caso da PBIO (Petrobras Biocombustíveis) e das refinarias, mas também para as demais áreas que estão recebendo os empregados desalocados”, registra ainda a FUP.

As assembleias começaram a ser realizadas nas bases sindicais na última quinta-feira (8). Até agora, segundo a federação, a média de aceitação da quarta contraproposta está em torno de 90%. Elas prosseguem até a próxima sexta (16).

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