Base da CUT

Campanha garante reajuste pela inflação para 150 mil metalúrgicos em São Paulo

Categoria consegue aumento de 9%, retroativo à data-base, além de manutenção das cláusulas sociais

Fotos Adonis Guerra/SMABC - Montagem RBA
Fotos Adonis Guerra/SMABC - Montagem RBA
Moisés, do sindicato do ABC, lembrou que no início da campanha empresas queriam pagar o reajuste em parcelas

São Paulo – Pelo menos 150 mil metalúrgicos na base dos sindicatos da CUT no estado de São Paulo já garantiram reajuste pela inflação na campanha salarial deste ano. Na base do sindicato do ABC, são 40,5 mil. O acordo negociado entre a federação da categoria (FEM-CUT) com diversos grupos patronais prevê reajuste de 9%, retroativo a 1º de setembro (data-base) e manutenção das cláusulas sociais.

Nos últimos dias, concluíram-se acordos com o Grupo 2, que inclui o setor de máquinas, além do Siamfesp (metais não ferrosos) e do Sindicel (condutores elétricos, trefilação e laminação). Apenas o Grupo 10, formado principalmente por pequenas e micro empresas, não assinou, o que tem sido comum nos últimos anos.

Sem parcelamento

A inflação (INPC-IBGE) acumulada em 12 meses, até agosto, foi de 8,83%. No Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos), a convenção coletiva de trabalho foi renovada por dois anos, até agosto de 2024. Nos demais, até agosto de 2023. Montadoras têm acordos à parte.

“Mais um ano que conseguimos repor a inflação e preservar as cláusulas sociais, que são tão importantes. Os estudos do Dieese mostram que a maioria dos sindicatos não conseguiu sequer repor o INPC. O preço dos alimentos está lá em cima, então precisamos ter a reposição n”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges. Ele ressaltou a importância da mobilização dos trabalhadores para garantir o acordo. E lembrou que, no início da campanha, as empresas queriam parcelar o índice de reajuste.


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