De novo presencial

Nova edição do Dia da Luta Operária, em São Paulo, vai discutir democracia e ‘reforma’ trabalhista

Será a sexta edição do evento, que se contrapõe às comemorações oficiais do 9 de Julho e exalta memória de trabalhadores

Reprodução/Montagem RBA
Reprodução/Montagem RBA
José Calixto, Clara Ant, Vargas Netto e Wagner Gomes: homenagens pelas lutas de ontem e de hoje

São Paulo – A sexta edição do Dia da Luta Operária, inscrito no calendário paulistano de eventos e se contrapondo às celebrações oficiais, será celebrado novamente de forma presencial neste sábado (9). E mais uma vez no bairro do Brás, de origem fabril, com quatro homenagens. O ato no antigo Moinho Matarazzo, a partir da 9h, também vai tratar de democracia, eleições e “reforma” trabalhista, além de recordar a greve geral de 1917 na cidade de São Paulo.

O tema deste ano é “Em Defesa da Democracia e Contra o Golpismo; Pela Revogação da Reforma Trabalhista”, referência à Lei 13.467, aprovada em 2017. Quatro militantes, sendo dois in memoriam, receberão homenagens no sábado. Um deles é Wagner Gomes, ex-presidente do Sindicato dos Metroviários e da CTB, que morreu em agosto do ano passado. Além dele, José Calixto Ramos, ex-presidente da Nova Central, vítima da covid em fevereiro de 2021.

Os organizadores também escolheram Clara Ant, ex-vice-presidenta da Federação Nacional dos Arquitetos e ex-dirigente da CUT. Hoje no Instituto Lula, ela participou da 1ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em 1981. E o jornalista e consultor sindical Joao Guilherme Vargas Netto, membro do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Clara e Vargas Netto receberão o Troféu José Martinez, criado pelo artista plástico Enio Squeff, e que faz homenagem ao sapateiro morto pela polícia em 9 de julho de 1917, justamente no Brás.

Desde 2017

O Dia da Luta Operária foi instituído pela Lei municipal 16.634/17, de autoria do vereador Antonio Donato (PT). A atividade é feita em parceria com centrais (CSB, CSP-Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical, as duas Intersindicais, Nova Central, Pública e UGT), além do Centro de Memória Sindical, o Centro de Documentação e Memória da Universidade Estadual Paulista (Cedem-Unesp), Instituto Astrogildo Pereira, IIEP, Memorial da Resistência e Oboré.

A programação deste ano inclui o músico, poeta e chargista Caio Muniz, que cantará o hino A Internacional. Também estão previstas apresentações da Corporação Musical Operária da Lapa, fundada em 1881. Depois de manifestação no Largo da Misericórdia, o Coletivo de Caminhantes e Corredores Lula Presidente vai participar do ato. O antigo Moinho fica na rua do Bucolismo, 81.


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