Mudanças

Centrais vão à rua e convocam para 1º de Maio em frente ao Pacaembu: democracia, direitos, emprego

Evento será realizado a partir das 10h na praça Charles Miller, com ato político e shows musicais

Roberto Parizotti/CUT
Roberto Parizotti/CUT
Na Conclat, no último dia 7, centrais aprovaram pauta dos trabalhadores, que será discutida durante a campanha eleitoral

São Paulo – Representantes de centrais sindicais estiveram na manhã desta terça-feira (19) na praça Ramos de Azevedo, região central de São Paulo, para discutir o ato de 1º de Maio. Ali, diante do Teatro Municipal, distribuíram panfletos e conversaram com a população sobre a importância da atividade. O evento terá como palco a Praça Charles Miller, em frente ao privatizado estádio do Pacaembu, a partir das 10h. A estação de Metrô mais próxima é a Clínicas (Linha 2-Verde).

O tema deste ano será “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”. Além de representantes de movimentos sociais e lideranças políticas, o evento terá diversos shows. Os organizadores confirmam os nomes de Daniela Mercury, Leci Brandão, Dexter, DJ Kl Jay e Francisco El Hombre.

Será o momento, também, de detalhar a chamada pauta da classe trabalhadora, aprovada na recente Conclat, no último dia 7. O documento será apresentado aos candidatos durante a campanha eleitoral. Além disso, as centrais têm uma agenda política e jurídica, que tentarão implementar a partir do próximo ano. Um dos temas é a “reforma” trabalhista, que os dirigentes querem rediscutir. Na semana passada, a pauta foi entregue a Lula (PT), na presença de Geraldo Alckmin (PSB), virtual vice em sua chapa.

Direitos e salário mínimo

“Queremos a volta de uma política de valorização do salário mínimo considerando o índice de inflação, a realização de políticas de distribuição de renda e geração de emprego e a ampliação de direitos sociais”, afirma o presidente da Força Sindical, Miguel Torres. “Vamos precisar recuperar os direitos perdidos pelo golpe de 2016 e a reforma trabalhista de Michel Temer, perdas que só pioraram sob o governo Bolsonaro”, acrescenta o presidente da CUT, Sérgio Nobre.

Assim, o 1º de Maio vai discutir temas como o combate à inflação, erradicação da fome, aposentadoria e mais investimentos em áreas como saúde e educação. Ontem, uma das centrais, a CSB, anunciou que fará atividade própria, em Itatiba (SP).