São Paulo – Os servidores do INSS deram início ontem (3) à chamada Operação Excelência, cujo objetivo é chamar a atenção para o processo de desmonte imposto ao instituto de Previdência pelo governo Bolsonaro, que prejudica trabalhadores e piora o atendimento ao público. A operação envolve os setores de benefício, atendimento, gestão de pessoas, logística, auditoria e corregedoria.

Em encontros virtuais na última semana, os servidores aprovaram um dia de paralisação na próxima quarta-feira (9), data em que o ministro do Trabalho e Previdência Social, Onyx Lorenzoni, se reunirá com representantes de sindicatos. A mobilização inclui a redução de 20% em relação às metas exigidas, paralisação das atividades quando possível e a convocação de servidores aposentados para a mobilização nas agências, levando esclarecimentos à população.

Na prática, a Operação Excelência do INSS consiste na luta dos servidores contra a submissão ao assédio institucional por meio de metas abusivas em detrimento do reconhecimento do direito do cidadão e da prestação de um serviço de qualidade à população.

Pautas

Os trabalhadores reivindicam também reposição salarial de 19,99% e a profissionalização da Carreira do Seguro Social, a rediscussão do Programa de Gestão, a criação do Auxílio Teletrabalho, o auxílio saúde e creche, vale-alimentação a derrubada do veto de R$ 1 bilhão no orçamento do INSS, a preservação de agências ameaçadas de fechamento e do serviço público.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (Sinssp), o déficit de trabalhadores devido à falta de concursos, sistemas obsoletos, cortes no orçamento e fechamento de agências pioram o atendimento a quem precisa se aposentar ou requerer qualquer outro tipo de benefício.

As entidades que compõem o consórcio de sindicatos da base da CUT também deliberaram que nos dias 9 e 15 chamarão todos os servidores para uma paralisação total, o dia todo, com orientação de não puxar tarefas, nem ligar o computador.