Campanha vitoriosa

Com INPC definido, químicos de São Paulo garantem 11,08%: quase R$ 1,8 bi na economia

Acordo já havia sido aprovado, mas faltava o INPC de outubro para fechar o índice de aumento. Inflação é desafio para campanhas salariais

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São Paulo – Com o resultado da inflação de outubro divulgado hoje (10), os químicos do estado de São Paulo garantiram reajuste salarial de 11,08%. O índice corresponde à variação do INPC-IBGE em 12 meses. O acordo coletivo negociado com o setor patronal já havia sido aprovado no final de setembro, mas como a data-base é em 1º de novembro faltava a definição do INPC, índice usado como referência em campanhas salariais. A expectativa era de que a taxa ficasse em torno de 10%.

Segundo a federação do setor ligada à CUT, a Fetquim, a estimativa é de que o reajuste vai injetar em torno de R$ 1,79 bilhão nos próximos 12 meses na economia paulista.

Mais uma vez, a campanha foi feita conjuntamente entre as federações de sindicatos ligados à CUT (Fetquim) e à Força Sindical (Fequimfar). Assinado hoje pela manhã, o acordo envolve aproximadamente 300 mil trabalhadores nessas bases.

Acordo inclui PLR

De acordo com os representantes sindicais dos químicos de São Paulo, os 11,08% devem ser aplicados em todos os salários até o limite de R$ 9.000. Acima desse teto, haverá uma parcela fixa de R$ 997,20.

Nas empresas com até 49 funcionários, o piso reajustado será fixado no valor de R$ 1.857,37. Em empresas a partir de 50 empregados, vai a R$ 1.905,24. A participação nos lucros ou resultados (PLR) é de R$ 1.080 e R$ 1.200, respectivamente.

Categorias como bancários, comerciários metalúrgicos e químicos garantiram reajuste pela inflação. Mas o cenário é preocupante: segundo o Dieese, de janeiro a setembro quase metade dos acordos analisados (49%) teve reajuste abaixo do INPC. Outros 33,5% equivaleram ao índice e apenas 17,1% ficaram acima.

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