18 de agosto

Trabalhadores preparam mobilização contra a reforma administrativa e o desemprego

Greve de servidores e protestos de trabalhadores são convocados para a próxima quarta-feira, contra o projeto de Bolsonaro que tramita na Câmara e ataca direitos

Roberto Parizotti
Roberto Parizotti
Nobre: “Convoco todos os segmentos da classe trabalhadora, em especial os servidores e servidoras públicos nas três esferas para protestar no dia 18 de agosto"

São Paulo – Os trabalhadores vão se mobilizar na próxima quarta-feira (18) contra a “reforma administrativa”, que ataca os direitos dos servidores públicos, e o desemprego no país. Será o chamado Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, data que marcará a greve geral dos servidores públicos contra o projeto que tramita na Câmara.

“Convoco todos os segmentos da classe trabalhadora, em especial os servidores e servidoras públicos nas três esferas (municipal, estadual e federal) para protestar no dia 18 de agosto, de todas as formas possíveis”, afirma o presidente da CUT, Sérgio Nobre.

“A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 32, na qual o governo Bolsonaro quer impor a famigerada reforma administrativa, nada mais é do que a criação de condições para a contratação de forma precária no serviço público, com jornada parcial de trabalho e até com salário inferior ao mínimo”, explica o presidente da CUT, ao convocar a greve dos servidores públicos.

“A reforma administrativa não vai ser boa para ninguém, nem para os servidores nem para a população”, afirma Margarida, 53 anos, três filhos, servidora pública da área da saúde há 29 anos, convidada do presidente nacional da CUT a abrir o vídeo no qual ele faz a convocação para o Dia Nacional de Mobilização e Paralisação.

Confira abaixo o vídeo de convocação

 “Bolsonaro ataca os direitos da classe trabalhadora enquanto recria um ministério do trabalho que não servirá para dialogar com o movimento sindical ou reparar direitos que foram retirados nos últimos anos, mas sim para trazer de volta a carteira verde amarela, que é a carteira de trabalho sem direitos nenhum e trabalho sem direitos tem nome: é escravidão”, define o presidente nacional da CUT.

No dia 18 de agosto, afirma Sérgio Nobre, precisamos fazer grandes atos, assembleias nas entradas e nos locais de trabalho, nas ruas, panfletagem em pontos de ônibus, terminais de trem, metrô, falar com a população, fazer paralisações, carreatas, tomar as redes sociais com a pauta da classe trabalhadora.

“O governo genocida de Bolsonaro ameaça entregar o patrimônio do povo brasileiro”, diz ainda o líder da CUT. “Vender o sistema elétrico, vender a Petrobras, os Correios, o Banco do Brasil, a Caixa, que são instrumentos de desenvolvimento do nosso pais, e assim desmontar os serviços públicos.”

:: Câmara aprova MP de redução de jornada e salário, que incluiu ‘minirreforma’ trabalhista ::

“Não podemos permitir e somente a luta impedirá essa tragédia, por isso, a CUT, em unidade com as demais centrais sindicais e os movimentos sociais, convoca uma grande mobilização para o 18 de agosto, convoca para que seja um dia de luta, de paralisação de mobilização, de protesto em todo o Brasil, de todos os trabalhadores e trabalhadores”, afirma Sérgio Nobre.

Com informações da CUT


Leia também


Últimas notícias