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Metroviários de SP aceitam mediação do TRT e suspendem greve

Paralisação estava marcada para começar nesta quarta. Metroviários e diretoria voltam a negociar na segunda-feira e esperam avanço na proposta apresentada pela empresa

Paulo Iannone/ Sindicato dos Metroviários
Paulo Iannone/ Sindicato dos Metroviários
Trabalhadores já acumulam quase 10% de perda salarial em dois anos e esperam que Metrô de SP apresente proposta que contemple reivindicações

São Paulo – Em assembleia realizada na noite desta terça-feira (11), os metroviários de São Paulo decidiram acatar proposta feita em reunião de conciliação com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), manter o estado de mobilização da categoria e voltar a negociar com a diretoria da empresa na próxima segunda-feira (17). Com isso, a greve por tempo indeterminado que começaria a partir desta quarta (12) foi suspensa.

A categoria faz nova assembleia na terça-feira (18) para debater os resultados da reunião do dia anterior, que será supervisionada pelo TRT e acompanhada pelo Ministério Público do Trabalho. Se não ocorrerem avanços para uma proposta que contemple as reivindicações dos metroviários, a assembleia deverá votar a greve a partir da quarta (19).

De acordo com Wagner Fajardo, coordenador do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, o Metrô propuseram um acordo de trabalho que não prevê reajuste salarial para os trabalhadores, que já não tiveram aumento nos dois últimos anos. “O Metrô, desde o início da campanha, praticamente não negociou”, diz o dirigente.

Ele conta que na última reunião, realizada na sexta-feira (7), a direção da empresa chegou a retirar da proposta de renovação do acordo coletivo cláusulas como adicional de férias, adicional noturno e gratificação por tempo de serviço. “São itens bastante caros para a categoria.” A data-base é 1º de maio.