Fechamento

Trabalhadores da LG de Taubaté rejeitam proposta e iniciam greve

Empresa já anunciou fim das atividades, o que atingirá pelo menos 700 postos de trabalho. Outras três empresas, fornecedoras, serão atingidas

Sind. Met. Taubaté
Sind. Met. Taubaté
Assembleia decreta greve: mobilização para melhorar proposta de indenização da empresa

São Paulo – Trabalhadores na LG de Taubaté, no interior paulista, entraram hoje (12) em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada depois de a assembleia rejeitar uma proposta de indenização. A empresa vai encerrar sua produção no município.

Em janeiro, quando começaram a circular informações sobre o possível fechamento da divisão de celular, o sindicato procurou a LG, mas recebeu “respostas evasivas” por meio de ofício. A empresa também não atendeu a um pedido de reunião. Na última segunda-feira (5), a fabricante anunciou o fim da produção global de celulares, alegando prejuízo. No dia seguinte, em contato com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região, informou que pretende transferir atividades para Manaus, por causa dos incentivos fiscais.

A decisão da empresa pode determinar o fechamento de 700 postos de trabalho, nos setores de celulares e monitores. “Se hoje estamos aqui na porta do LG, isso é única e exclusivamente por culpa da empresa. A LG tomou uma decisão unilateral de fechar a fábrica de Taubaté”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Claudio Batista, o Claudião. As ações devem incluir vigília na porta da fábrica.

Ford também de saída

É a segunda empresa de porte a anunciar seu fechamento na base. Em janeiro, a Ford informou que encerraria atividades no Brasil, o que inclui as fábricas de Taubaté, Camaçari (BA) e Horizonte (CE). Na semana passada, os trabalhadores na montadora aprovaram acordo de indenização. No caso da LG, a proposta da chamada indenização social incluía extensão do plano médico, pagamento conforme tempo de casa e participação nos lucros ou resultados (PLR).

O sindicato informou que o fechamento da LG terá impacto direto em outras três empresas da região, fornecedoras exclusivas: Blue Tech e 3C, em Caçapava, da Sun Tech, em São José dos Campos. Funcionários dessas três empresas (que somam 430 postos de trabalho) participaram do protesto nesta segunda-feira.