Protesto critica preço de combustíveis e cobra auxílio emergencial mais alto
Frente Povo Sem Medo, grupo Entregadores Antifascistas e motoristas de aplicativos fizeram bloqueios de protesto na manhã desta terça-feira (23) na Marginal Tietê e na avenida João Dias, em São Paulo
Publicado 23/03/2021 - 11h16
Brasil de Fato – A Frente Povo Sem Medo, o grupo Entregadores Antifascistas e motoristas de aplicativos fizeram bloqueios de protesto na manhã desta terça-feira (23) na Marginal Tietê, que corta a capital paulista, e na avenida João Dias, na zona sul de São Paulo. O protesto começou por volta das 7h. O fluxo de veículos nas duas vias já foi restabelecido. Os manifestantes atearam fogo em pneus na pista para protestar contra o aumento no preço dos combustíveis e exigir auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia. Eles também pediram a saída do presidente Jair Bolsonaro.
O protesto faz parte da preparação para o Dia Nacional de Mobilização, convocado para a quarta-feira (24) pela Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular. A iniciativa das frentes também demanda a adoção urgente de um lockdown nacional de 15 dias e a vacinação de toda a população.
Houve seis reajustes no preços de combustíveis em 2021. O aumento se deve à política de preços da Petrobras, que prioriza o lucro dos acionistas estrangeiros em detrimento dos consumidores brasileiros. Entregadores e motoristas de aplicativo precisam arcar sozinhos com os aumentos e veem seus ganhos diminuírem a cada mês. A nota divulgada pelos organizadores afirma que o auxílio emergencial proposto por Bolsonaro tem valor irrisório e “não cobre 1/3 do valor da cesta básica.”
O Brasil vive seu pior momento na pandemia e se aproxima da marca de 300 mil mortes. Pouco mais de 5% da população foi vacinada, e Bolsonaro insiste em um discurso contrário a normas de isolamento social.
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