contra o desmonte

Bancários do Banco do Brasil aprovam paralisação para a próxima sexta-feira

Trabalhadores protestam contra anúncio do banco que irá demitir 5 mil funcionários e fechar 361 agências

Seeb-SP
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'O Sindicato dos Bancários está preparado para dar o suporte necessário para a paralisação, mas a adesão deve ser voluntária e responsável', alerta dirigente do Sindicato

São Paulo – Os bancários do Banco do Brasil aprovaram, nesta terça-feira (26), uma paralisação contra os cortes e desmontes promovidos pelo governo Jair Bolsonaro, na próxima sexta-feira (29). A ação foi aprovada em assembleia virtual. Os trabalhadores criticam a reestruturação anunciada pela direção do banco, que prevê fechamento de centenas de unidades e a demissão de milhares de trabalhadores.

A dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e trabalhadora do Banco do Brasil, Adriana Ferreira, afirmou que a paralisação é uma resposta ao governo federal. “Mais uma vez, diante da atual conjuntura de desmonte e ataques aos direitos dos funcionários, os bancários do banco público da base do Sindicato reafirmaram a sua disposição para a luta. Todos iremos cruzar os braços, de agências ou departamentos, trabalhando presencialmente ou em home office. Juntos somos mais fortes.”

De acordo com Adriana, o sindicato reconhece o grave momento da pandemia de coronavírus, portanto, não realizará piquetes em todos os locais, muito menos aglomerações. “O Sindicato dos Bancários está preparado para dar o suporte necessário para a paralisação, mas a adesão deve ser voluntária e responsável, sempre com a utilização de máscaras e respeitando o distanciamento social”, acrescentou.

O Banco do Brasil anunciou, no último dia 11, que pretende demitir 5 mil funcionários até o início de fevereiro e desativar 361 unidades, entre as quais 112 agências e 242 postos de atendimento. Além do ataque aos direitos dos trabalhadores, que estão sendo removidos dos seus pontos, com comissões reduzidas, esse desmonte também deve afetar o atendimento à população.

Calendário de lutas

Ainda nesta terça, uma plenária realizada por centrais sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo decidiram pela união de todos os setores que defendem o impeachment de Bolsonaro, a vacina e o retorno do auxílio emergencial.

Durante a reunião, que contou com quase 500 integrantes, foi definido um calendário de lutas, que inicia com a paralisação no Banco do Brasil e vai até o dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. No próximo dia 31, será realizada uma nova carreata em todos os municípios contra o presidente da República.

O vice-presidente da CUT, Vagner Freitas, explicou que a diferença da conjuntura dos últimos meses é que setores conservadores também começam a reivindicar o “Fora Bolsonaro”. Segundo ele, a saída do presidente se tornou necessária para que o país retome o seu crescimento.

“Defender o Fora Bolsonaro é defender a vida, o emprego. Ele é o grande empecilho para que o país saia da crise econômica. Seu negacionismo da doença e seu desempenho frente à pandemia da Covid-19 impedem que a vacina chegue a todos, e sem vacina haverá uma paralisia na economia e o aumento do desemprego”, afirmou Freitas.


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