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Sindicatos na base da FUP aprovam acordo com a Petrobras

Para entidade, acordo dá fôlego para “a maior das batalhas”: defender o sistema público. Sindicatos da FNP rejeitaram aprovação

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Petroleiros destacam greve de fevereiro contra 'desmonte'

São Paulo – Assembleias nas bases dos sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) aprovaram, por unanimidade, proposta de acordo coletivo com a Petrobras. Segundo a entidade, o documento será assinado eletronicamente nesta terça-feira (15).

O acordo coletivo de trabalho não prevê reajuste salarial na data-base (1º de setembro) neste ano, apenas em 2021. Mas a FUP destaca a manutenção dos direitos por dois anos e a inclusão de uma cláusula de garantia de emprego.

Conquista contra ataques

Segundo a federação, ter um acordo “pactuado por dois anos em meio à complexa conjuntura política e econômica que impacta profundamente o povo brasileiro é uma conquista, principalmente diante dos graves ataques que sofrem os trabalhadores do setor público e das empresas estatais”. Com isso, acrescenta, “os petroleiros terão fôlego para enfrentar a maior das batalhas, que é a defesa do Sistema Petrobrás”.

A FUP ressalta ainda a greve da categoria realizada em fevereiro. E a “veemente rejeição dos petroleiros” à proposta inicial feita pela empresa, de “desmonte” do acordo coletivo.

Ao garantir direitos até 2022, a aprovação é importante “nesta conjuntura de incertezas e ataques aos trabalhadores promovido pelo governo e pela atual gestão da Petrobras”, avaliou o coordenador do Sindipetro do Norte Fluminense, Tezeu Bezerra. Nesse sindicato, foram 3.491 votos: 65,1% a favor, 33,9% contra e 1% de abstenção. “Os petroleiros e petroleiras estão atentos e prontos para o embate caso a empresa tente descumprir alguma cláusula do que está sendo pactuado”, acrescentou o dirigente.

Próximas lutas

As bases da FUP incluem ainda os sindicatos de Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná (Sindiquímica), Pernambuco, Paraná/Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

“Nossas próximas lutas devem ser para barrar a privatização da Petrobras e sua saída do sul do Brasil, bem como para que possamos reaver qualquer perda sentida neste momento delicado”, disse o presidente do Sindipetro do Paraná e Santa Catarina, Alexandro Guilherme Jorge.

Já nas bases da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), as assembleias estão rejeitando a proposta de acordo. A entidade tem os Sindipetros de Alagoas/Sergipe, do Litoral Paulista, de São José dos Campos, do Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá e do Rio de Janeiro. Entre outros itens, eles querem reajuste neste ano. Além disso, não aceitam alterações no plano de saúde.


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