Descaso

Governo adia decisão sobre ampliação do seguro-desemprego durante a pandemia

Equipe econômica pediu 15 dias de prazo para apresentar proposta sobre ampliação do benefício. Extensão é defendida pelas centrais sindicais

Jade Azevedo/Fotos Públicas
Jade Azevedo/Fotos Públicas
Em agosto, número de desempregados subiu para 13,6 milhões

São Paulo – Em reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) nesta quinta-feira (24), integrantes do governo Bolsonaro decidiram adiar a votação sobre a ampliação em duas parcelas do seguro-desemprego durante a pandemia. A equipe econômica pediu prazo de 15 dias para a apresentação de uma nova proposta sobre a questão.

Segundo o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, a ampliação também é fundamental para injetar recursos com vistas a estimular a retomada da economia. É ainda mais estratégico, neste momento, quando o auxílio emergencial foi reduzido pela metade.

Trata-se de uma demanda apresentada pelas centrais sindicais, voltada para a mitigação dos efeitos sociais e econômicos do avanço do desemprego no país. O adiamento da votação, segundo Fausto, demonstra a “contrariedade” do governo em aprovar a proposta.

As parcelas adicionais do seguro-desemprego também são importantes porque os trabalhadores que ficaram desempregados durante a pandemia não têm direito ao auxílio emergencial, voltado para autônomos e informais.

“É necessária muita pressão dos diversos grupos, de modo que a gente possa ampliar para mais duas parcelas. É algo fundamental que a gente poderia e deveria fazer. Estamos no momento em que o governo corta o auxílio emergencial pela metade para um conjunto enorme de trabalhadores. Não só corta, como elimina quase 6 milhões de pessoas que recebiam o auxílio”, disse Fausto, em entrevista a glauco Faria, no Jornal Brasil Atual, desta sexta-feira (25).

Assista à entrevista:

Redação: Tiago Pereira. Edição: Glauco Faria


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