Desrespeito

Bancários protestam contra demissões no Santander durante a pandemia

Assim como o Itaú, Santander também rompeu compromisso e vem realizado demissões em meio à onda da covid-19. Cortes foram alvo de protesto nas redes sociais

Reprodução/SPBancários
Reprodução/SPBancários
Na Torre Santander, bancários protestaram contra demissões durante a pandemia

São Paulo – Bancários de todo o país realizam, nesta quinta-feira (24), um Dia Nacional de Luta contra as demissões realizadas pelo banco Santander. Assim como o Itaú, o banco espanhol também vem rompendo compromisso firmado em março, de não realizar cortes durante a pandemia. Em São Paulo, os protestos ocorreram na Torre Santander, matriz administrativa do banco espanhol no Brasil, que fica na Vila Olimpia, zona sul da capital.

Além de ações promovidas pelos sindicatos dos bancários em diversas partes do país, os trabalhadores também promoveram um “tuitaço”, durante a manhã, contra as demissões. As hashtags #SantanderPareAsDemissoes e #SantanderNaoTerceirize concentraram os protestos virtuais.

Anteriormente, em junho, o banco chegou a anunciar planos de redução de 20% dos postos de trabalho no Brasil. Essa iniciativa foi alvo, inclusive, de protesto internacional. Mas, após o banco voltar atrás, desmentindo a intenção de cortar os postos de trabalho, as demissões continuaram a ocorrer.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, entretanto, afirma que o banco tem aproveitado o fim do contrato de locação da Vila Santander (VSP), no bairro do Limão, zona norte de São Paulo, que vence em novembro, para realizar demissões diárias na unidade de call center.

Além disso, os funcionários da VSP estão sendo demitidos por telefone, substituídos por terceirizados. Por outro lado, os que ficaram estão sendo avisados, por telefone, da transferência para outros prédios, causando insegurança e transtorno aos bancários.

Mau exemplo

“Outros bancos já começaram a seguir esse mau exemplo. Todos os trabalhadores da categoria são afetados pela ‘fúria espanhola’. Temos que unir todos os bancários e bancárias para barrar estas medidas e evitar que elas se generalizem”, afirmou o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, Mario Raia.

Enquanto isso, o Santander registrou lucro de R$ 3,8 bilhões nos primeiros três meses do ano – alta de 10,5% em relação a igual período de 2019. Ademais, as operações no Brasil respondem pela maior fatia (29%) dos lucros obtidos pela instituição em todo o mundo. Mesmo assim, só em junho desta ano, 363 bancários foram demitidos pelo Santander.

Confira os destaques do ‘tuitaço’

Com informações da Contraf-CUT.


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