em campanha

Negociações coletivas: petroleiros avaliam proposta. Bancários têm assembleias. Correios seguem em greve

Representantes dos petroleiros analisam proposta da Petrobras para o acordo coletivo, que pode valer por dois anos, e veem alguns avanços

Reprodução
Reprodução
Deyvid, dos petroleiros: decisão caberá às assembleias

São Paulo – Os representantes dos petroleiros analisam nova proposta apresentada pela Petrobras para o acordo coletivo, mas veem alguns avanços. A decisão caberá às assembleias, que ainda serão marcadas. Nesta quarta-feira (26), o conselho deliberativo da Federação Única dos Petroleiros – formado pela FUP e sindicatos filiados – se reuniu para avaliação das negociações coletivas em curso.

Os negociadores da Petrobras apresentaram a proposta na última segunda-feira (24), afirmando que é a última. A empresa propõe acordo de dois anos, sem reajuste agora e correção pelo INPC apenas em 2021. O acordo coletivo dos petroleiros vence na próxima segunda (31), véspera da data-base. Os petroleiros queriam prorrogação da atual convenção até o final do ano, por causa da pandemia do novo coronavírus.

Foi uma “dura, difícil e cansativa reunião”, segundo o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar. “Apesar de toda a adversidade e a conjuntura difícil que temos hoje, conseguimos alguns avanços na mesa de negociação”, afirmou, citando a duração de dois anos para o acordo coletivo, “trazendo uma previsibilidade maior, uma cláusula sobre garantia de emprego e melhorias no plano de saúde. Ainda assim, ele defendeu uma análise cuidadosa da proposta em seu conjunto.

De acordo com a FUP, fica mantida a “grande maioria das cláusulas” do atual acordo. Além disso, a estatal não faria demissões sem justa causa até 31 de agosto de 2022. Apesar de a proposta não prever reajuste neste ano, o tíquete ou vale-refeição teria correção pelo INPC tanto agora como em 2021. As partes continuariam a negociar regras para o teletrabalho.

Bancários e Correios

Também com data-base em 1º de setembro, os bancários farão assembleias nesta quinta-feira (27), na expectativa de uma nova proposta por parte da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Ontem, o Comando Nacional da categoria rejeitou proposta de reajuste zero neste ano e no próximo, apenas com pagamento de abonos, além de redução no valor da participação nos lucros ou resultados (PLR).

Representantes dos trabalhadores e da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) se reuniram hoje no Tribunal Superior do Trabalho, em audiência mediada pelo vice-presidente do TST, ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho. A reunião prosseguirá amanhã à tarde. Com data-base em 1º de agosto, os funcionários estão em greve desde o dia 18 e as negociações coletivas passaram a ser objeto de intermediação da Justiça do Trabalho.