#GreveDosApps

Entregadores de aplicativos protestam no Congresso Nacional

Em mais uma ação durante a greve nacional, entregadores pressionam pela criação de uma frente parlamentar em defesa dos direitos da categoria

Letícia Camargo
Letícia Camargo
Trabalhadores querem apoio de deputados e senadores para pôr freio na exploração

São Paulo – Entregadores de aplicativos se reuniram em torno do Congresso Nacional no início da tarde desta quarta-feira (1º). Eles querem a criação de uma frente parlamentar em defesa de melhores condições de trabalho para a categoria. Foi mais uma das ações da primeira greve nacional desses trabalhadores.

Os entregadores se concentraram durante a manhã em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. De lá, saíram em comboio até a Esplanada dos Ministérios, e depois até o Congresso. Na capital federal, esse grupo defende o estabelecimento de um reajuste anual para a taxa das entregas. Em manifestações por todo o país, os trabalhadores dos aplicativos defendem o valor mínimo de R$ 2 por quilômetro rodado nas entregas.

“As empresas não estão dando nem R$ 1 real por quilômetro. Umas pagam R$ 0,75, outras R$ 0,85. A gasolina e a manutenção da moto, das bikes, aumentam e não tem nenhum reajuste”, afirmou o presidente da Associação de Motofretistas Autônomos e Entregadores do DF, Alessandro da Conceição. Ao Brasil de Fato, ele disse ainda que, com o aumento do número de entregadores, em função do agravamento do desemprego, “está cada vez mais difícil a gente bater uma meta”.

Além disso, os entregadores pedem auxílio dos aplicativos durante a pandemia. Nesse período, justamente quando se tornaram ainda mais essenciais, os entregadores viram os rendimentos decaírem. E reivindicam o fim dos bloqueios injustificados nas plataformas, que impedem os entregadores de continuarem trabalhando.

Segundo a Polícia Militar, a manifestação envolveu cerca de 200 motoboys e ciclistas. Mas as imagens apontam número maior de participantes.